Comunidade de Cobi uma realidade
Em Cobi de Baixo nasceu professora Marilene
No fantástico tornou-se exemplo para nação
O radialista Eduardo Santos faz a ronda policial
Para todo estado grande comunicação
Coronel Sergio Miranda grande patriota
Todos, fazem parte deste pedaço de chão
Cobi de Baixo sempre fica esquecido
Mas é lugar que saiu muitas autoridades
No municipio de Vila Velha
Periferia nenhuma teve tanta qualidade
Cobi de baixo lugar de gente humilde
Mas todos tem muita igualdade
Do cobi de baixo saiu engenheiro mecânico
Doutora em medicina, vou ainda mais além
Engenheiro civil, técnicos , advogados
Professoras e engenheiro quimico tambem
Profissão de pedreiro nem se fala
Porque, quase todos homens tem
Sou moradora do Cobi de Baixo
Confio em Deus e em nosso prefeito
Que vai também asfaltar nossa rua
Que o povo tanto trabalhou para ele ser eleito
Sei que ele tem dom de igualdade
E a todos trata com o mesmo respeito
Vou dar por um exmplo
Um bairro que conheci
Moro neste bairro desde criança
Nada de mal aqui eu vi
Agora virou em noticia
É o bairro do Cobi
Neste bairro nasceram meus filhos
Eu criei e os eduquei
Todos na escola técnica
Com sacrificio mas os coloquei
Em uma companhia estatal
Graças a Deus, todos empreguei
Quando eu fiquei viuva
Meus filhos eram crianças
Ensinei eles a trabalhar
Com amor e confiança
O pai deles foi assassinado
Só a eles deixou lembrança
No bairro de Cobi anos atras
Só tinha gente bacana
Que viviam a trabalhar
Aqueles velhos veteranos
Aquele mangue aterravam
Para tirar o pé da lama
Não tinha luz elétrica
Nem água encanada
Existia o rio marinho
Que tinha água sagrada
Muito nele trabalhei
Para roupa ser lavada
Quem não conheceu o rio marinho
Não pode acreditar
Tinha porto de areia
Para canoas ancorar
muitos viajavam e traziam
Mercadoria para entregar
Aonde hoje tem casas
Era porto de invejar
Lá tinha comerciante
Vendía café e jantar
Os canoeiros pernoitavam
Para madrugada no mar entrar
Este comerciante era um ser
Que todos o respeitavam
Todos os canoeiros
Logo que no porto chegavam
Pelo Sr Alvaro Lira
Logo eles perguntavam
Na casa deste comerciante
Vendia jantar e dormida
Todos que la chegava
Por ele eram acolhidos
A esposa e a empregada
É quem faziam a comida
O rio virou lamerão
Esgoto por todo lado
Poderiam fazer canal
Tudo bem encimentado
Mas este bairo é esquecido
Por autoridades do municipio e do estado
Os políticos interessados
A ganharem as eleições
Logo vão prometendo
Se ganhar, faço reparação
Quando ganham se esquecem
Da promessa que fizeram a população
É lixo e matagal
Sempre ao lado da linha
Dividiram este lugar
Cobi de baixo, Cobi de cima
Quem neste bairro já viveu tão bem
Hoje até se desanima
Falo e falarei deste bairro
Porque nele vivo a sessenta anos
Ninguém sabe mais do que eu
O que neste bairro vem se passando
Sempre amei muito este bairro
E vou continuar sempre amando
Neste bairro nasceram meus filhos
Todos sairam normalizados
Dei a eles educação
Todos são bem educados
Certo que todos se formaram
E todos são bem empregados
O Cobi é esquecido
Por todas autoridades
Não tem área de lazer
Para as crianças da comunidade
Só sabem cobrarem imposto
Talvez, o mais caro da cidade
A cesan e a escelsa
Parecem viverem em combinação
A uns perseguem tanto!
Para outros eles abrem a mão
Algumas pessoas do bairro pagam tão caro
E outras tem água e luz sem gastar tostão
Vou acabar este poema
No qual so falei a verdade
O que se passa no cobi
Em nossa comunidade
Mas tudo isto vai acabar
Porque Deus é um pai de verdade
Eu não tenho ouro nem prata
Escrevo com humildade
Sempre escrevo os eventos
Que se passa nesta cidade
Me orgulho de ser cordelista
Com toda sinceridade
Cobí 6 de dezembro de 2005
Maria Cipriano Celestino
Poetiza Zizi