Amigos do Sol e da Lua
Bem cedo o Sol acordou,
pondo a cara no horizonte
e o cachorro cutucou:
− Acorde, vamos, levante!
(A Lua, lá do outro lado,
já com jeito de cansada
foi pro lado reservado
e dormiu como uma fada).
Chamou então a menina
que ainda, bem sonolenta
põe a água numa tina
e o seu cachorro alimenta.
Mas logo aparece a cobra,
reclamando do calor
e o Sol aponta-lhe a dobra
de sombra, junto ao verdor.
Bem certo que é importante,
que é preciso atividade.
O Sol sobe do Levante
e vai correndo a cidade,
o campo e toda floresta,
alegre vai despertando:
para alguns isso é uma festa,
mas outros? Só reclamando...
O sapo, a bruxa, o roqueiro,
não querem saber do Sol,
reclamam o dia inteiro
do seu imenso farol!
A modelo, nem se fale,
quer ter a pele perfeita
então espera que cale
o calor, quando o sol deita.
Mas há quem more na praia
e logo que o sol desponta
vai surfar e talvez caia
na onda, quanto ela monta
sua enorme crista ao céu
ou então, ali na areia,
bronzeando o corpo ao léu,
nenhum perigo receia...
Mas a cobra, a bruxa, o sapo
logo chegam avisando:
− Não acredite no papo
de que o Sol é sempre brando.
O Sol pode fazer mal,
então use um protetor.
De seu perigo real,
avisamos, por amor.
Mas um amigo do Sol,
sabendo de seu valor
repara na cor e em prol
do Sol canta seu louvor:
− Se gostam tanto da Lua,
se gostam tanto da sombra,
se só preferem escuro,
isso é algo que me assombra.
− Por quê? Perguntam aflitos.
− Porque o Sol nos dá a vida...
Vocês se acham bonitos,
mas a saúde é perdida
se o Sol faltar por completo.
Ele os ossos fortalece
e, com seu modo direto,
também nossa Terra aquece,
faz brotar o alimento,
ilumina o nosso dia,
alegra cada momento,
com a luz que ele irradia...
Um pouco de cada um
sempre é bom pra todos nós:
um pouco de sombra e algum
calorzinho, logo após.
De um lado, amigos do Sol,
do outro, amigos da Lua,
fizeram um longo rol,
cada um contando a sua
opinião que, isso é fato,
com clareza demonstraram...
E como se fora um trato,
um belo canto entoaram!
Bem cedo o Sol acordou,
pondo a cara no horizonte
e o cachorro cutucou:
− Acorde, vamos, levante!
(A Lua, lá do outro lado,
já com jeito de cansada
foi pro lado reservado
e dormiu como uma fada).
Chamou então a menina
que ainda, bem sonolenta
põe a água numa tina
e o seu cachorro alimenta.
Mas logo aparece a cobra,
reclamando do calor
e o Sol aponta-lhe a dobra
de sombra, junto ao verdor.
Bem certo que é importante,
que é preciso atividade.
O Sol sobe do Levante
e vai correndo a cidade,
o campo e toda floresta,
alegre vai despertando:
para alguns isso é uma festa,
mas outros? Só reclamando...
O sapo, a bruxa, o roqueiro,
não querem saber do Sol,
reclamam o dia inteiro
do seu imenso farol!
A modelo, nem se fale,
quer ter a pele perfeita
então espera que cale
o calor, quando o sol deita.
Mas há quem more na praia
e logo que o sol desponta
vai surfar e talvez caia
na onda, quanto ela monta
sua enorme crista ao céu
ou então, ali na areia,
bronzeando o corpo ao léu,
nenhum perigo receia...
Mas a cobra, a bruxa, o sapo
logo chegam avisando:
− Não acredite no papo
de que o Sol é sempre brando.
O Sol pode fazer mal,
então use um protetor.
De seu perigo real,
avisamos, por amor.
Mas um amigo do Sol,
sabendo de seu valor
repara na cor e em prol
do Sol canta seu louvor:
− Se gostam tanto da Lua,
se gostam tanto da sombra,
se só preferem escuro,
isso é algo que me assombra.
− Por quê? Perguntam aflitos.
− Porque o Sol nos dá a vida...
Vocês se acham bonitos,
mas a saúde é perdida
se o Sol faltar por completo.
Ele os ossos fortalece
e, com seu modo direto,
também nossa Terra aquece,
faz brotar o alimento,
ilumina o nosso dia,
alegra cada momento,
com a luz que ele irradia...
Um pouco de cada um
sempre é bom pra todos nós:
um pouco de sombra e algum
calorzinho, logo após.
De um lado, amigos do Sol,
do outro, amigos da Lua,
fizeram um longo rol,
cada um contando a sua
opinião que, isso é fato,
com clareza demonstraram...
E como se fora um trato,
um belo canto entoaram!