O MEU PRIMO VALENTÃO - Final
“Se desculpe com meu tio
Ligeiro, cabra safado,
Ou lhe boto as tripas fora
Pulguento desgraçado
Depois caia fora daqui
Porco de cu mal-lavado”
Minha mãe tremia toda
Meu pai ria disfarçado
A multidão olhava tudo
Com o olhar enviesado
E o danado fanfarrão
Já estava ajoelhado
Meu primo José bufava
A faca na mão balançando
Enquanto o malfadado
Ainda se lamentando
Preparava as palavras
Para ir se desculpando
“Meu senhor me desculpe,
Eu não tive a intenção
De ser um inconveniente
Falo assim de coração
Pelo amor de nosso Deus
Eu lhe peço o seu perdão”
Deixando-o ajoelhado
O meu primo replicou:
“’Tá o meu tio satisfeito
Com o que o nojento falou
Ou ele limpa com a língua
O lugar onde sentou?”
Papai mirou o sujeito
Que muito suava e tremia
Perguntando a si mesmo
“Cadê o cara que havia
Me ameaçado tanto
Falando com zombaria?”
“Tudo bem, meu sobrinho,
Deixe esse safado se ir
É melhor que ele vá
Depressa embora daqui
E aprenda a respeitar,
Sabendo entrar e sair”
O meu primo truculento
Puxou o nojento pelo gogó
Arrastou-o por entre o povo
Dando-lhe pontapés no fiofó
a faca já estava na cintura
batia no cara com um dedo só
Assim, calmamente meu pai
voltou para o seu lugar
o meu primo e o salafrário
desapareceram no ar
mas logo o filme começou
e como demorou a terminar!
“Se desculpe com meu tio
Ligeiro, cabra safado,
Ou lhe boto as tripas fora
Pulguento desgraçado
Depois caia fora daqui
Porco de cu mal-lavado”
Minha mãe tremia toda
Meu pai ria disfarçado
A multidão olhava tudo
Com o olhar enviesado
E o danado fanfarrão
Já estava ajoelhado
Meu primo José bufava
A faca na mão balançando
Enquanto o malfadado
Ainda se lamentando
Preparava as palavras
Para ir se desculpando
“Meu senhor me desculpe,
Eu não tive a intenção
De ser um inconveniente
Falo assim de coração
Pelo amor de nosso Deus
Eu lhe peço o seu perdão”
Deixando-o ajoelhado
O meu primo replicou:
“’Tá o meu tio satisfeito
Com o que o nojento falou
Ou ele limpa com a língua
O lugar onde sentou?”
Papai mirou o sujeito
Que muito suava e tremia
Perguntando a si mesmo
“Cadê o cara que havia
Me ameaçado tanto
Falando com zombaria?”
“Tudo bem, meu sobrinho,
Deixe esse safado se ir
É melhor que ele vá
Depressa embora daqui
E aprenda a respeitar,
Sabendo entrar e sair”
O meu primo truculento
Puxou o nojento pelo gogó
Arrastou-o por entre o povo
Dando-lhe pontapés no fiofó
a faca já estava na cintura
batia no cara com um dedo só
Assim, calmamente meu pai
voltou para o seu lugar
o meu primo e o salafrário
desapareceram no ar
mas logo o filme começou
e como demorou a terminar!