PRESIDENTES DO BRASIL - 1ª PARTE - DE DEODORO A WASHINGTON LUÍS

Foi em mil e oitocentos,

No ano de oitenta e nove,

república proclamada,

e imperador se demove,

Por um golpe militar.

Porém a poucos comove.

Um grupo de militares,

Liderado por Deodoro,

Que estava com dispnéia,

saiu de casa foi pro foro

proclamou a República;

voltou como um meteoro.

Mas assume a presidência

Assim que a saúde melhora.

Pra ser pelo exército

Também posto para fora.

E assumir o poder

Um seu assessor de outrora.

No ano de noventa e um

Floriano Peixoto assume.

Pelo povo admirado

Ricos tiveram ciúme.

Governou com mão de ferro

Causando grande azedume.

Deixou a vida pública

Admirado na Nação.

Foi embora para Alagoas

Voltou para seu sertão.

Não quis dar golpe de estado

Evitou uma confusão.

No século dezenove

No ano noventa e quatro,

Veio Prudente de Morais

Participar deste teatro,

De governar um país

E teve um governo atro.

Pois enfrentou resistência

De diversas facções,

Que queriam governo forte.

Acabou revoluções.

Seu governo voltou a ter

Com Portugal relações.

No ano de noventa e oito

Foi a vez de Campos Sales.

A economia não ia bem

Enfrentou bastantes males.

Afastou os militares

Da política. Não fales!

Rodrigues Alves primeiro

Que veio no século vinte.

Criou vacina obrigatória,

Considerada um acinte.

Gerou revolta no Rio

E conseqüência seguinte.

Neste governo tivemos

Grande ciclo da borracha.

Acre é incorporado.

Bolívia ganha bolacha,

Pois a estrada de ferro

Foi somente de facha.

Afonso Augusto M.Pena

Não terminou o mandato.

Defendeu cafeicultores.

Deu dinheiro sem contrato.

Criou as estradas de ferro

Adquiriu navios de fato.

Com o seu falecimento

Assume Nilo Peçanha.

Teve de Pinheiro Machado

Ódio mortal; grande sanha.

O trabalho feminino

No governo dele ganha.

Gerou uma grande crise

Entre São Paulo e Minas,

Conluio do Café-com-Leite

Acabou com suas rotinas,

Deu proteção para índio

E Rondon deu disciplinas.

Campanha eleitoral,

A primeira no Brasil,

Surgiu no governo dele.

Levou quem tinha fuzil,

E foi o Hermes Fonseca,

Marechal muito viril.

Construiu universidade

E também uma ferrovia.

Foi eleito senador

Cargo que não assumiria.

Mataram Pinheiro Machado

Quando diplomado seria.

Quando saiu da presidência

A Revolta do Forte apoiou

Ficou preso por seis meses.

E a política deixou.

Foi morar em Petrópolis

E ali ele se finou.

Wenceslau Brás P.Gomes

é próximo presidente

Que reinou até dezoito,

pegou uma coisa quente;

primeira guerra mundial

surgiu logo na sua frente.

Por São Paulo e por Minas.

Foi candidato lançado

Buscando conciliação

Café com Leite rachado

E também pra resolver

A Guerra do Contestado.

De novo Rodrigues Alves

Voltou a ser presidente,

Morto por gripe espanhola,

Assumiu outro dirigente.

Delfim Moreira da Costa,

Que deu pouco expediente.

Pois teve curto mandato,

E muitos problemas sociais.

Principalmente enfrentou

Diversas greves gerais,

Que por ele eram tratadas

Com problemas policiais.

Entregou à presidência

Para Epitácio Pessoa.

De quem passou a ser vice,

Pois achou ser uma boa.

Porque já naquele tempo

Vice também era à toa.

Que se elegeu presidente

Sem ter que sair da França.

Rui Barbosa concorrente

Novamente não avança

Criou uma rádio e ferrovia

Nos deu alguma pujança.

Presidente nordestino,

Natural da Paraíba,

enfrentou governadores

por isso quase arriba.

Construiu diversos açudes

De Pernambuco a Taíba.

O cargo de presidente

Passou a Artur Bernardes,

que usou o Estado de Sítio,

em combates bem covardes.

Com Revolução de Trinta

Vai a Portugal sem alardes.

Encerramos esta parte

Com o Washington Luís,

Júlio Prestes não assumiu,

Não porque ele não quis.

Houve uma revolução

Briga entre os dois Brasis.

Mas com Washington Luís

Brasil teve esperança.

Soltou presos políticos.

Mas houve grande lambança

Revolução o depôs

na ditadura nos lança.

Fim da República Velha

Início da era de Vargas

Começa uma ditadura

Com medidas bem amargas.

Tomadas por presidente

E por cambada de ilhargas.

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA/MARÇO2008