Cartinha para um poeta
Ecrevi em 98, para meu amigo Pedro Bandeira Caldas, o principe dos Cantadores...
BOA VISTA, 01 / 11/ 1998
Amigo Pedro Bandeira
Que a paz esteja contigo,
é o desejo do amigo
Que acabas de fazer,
Apesar de o conhecer
A pouco tempo , parece,
Que a gente já se conhece
Desde que o mundo foi feito
E que moras no meu peito
Desde toda a eternidade
E tanto isto é verdade,
Que escrevo pr’á lhe dizer.
Espero em breve poder
Ouvir de novo o seu canto
Que me fez aflorar o pranto
Tão mavioso que é,
E sendo um homem de fé,
Quando a DEUS se refere,
Na nossa alma interfere
A deixando inebriada
Por DEUS mais apaixonada
Do que já é normalmente,
E vibrando de contente
Com aquilo que você fala.
Quando a platéia se cala
Para escutá-lo a falar
De como é fácil encontrar,
O poder de DEUS em tudo,
Embeveço-me e fico mudo
Como acontece também
A todo aquele que tem
A alma sensível e boa,
Pois não dizes nada atoa,
Tua verve fácil te inspira,
Dedilhando a tua lira
Tudo que falas é verdade.
Também é de DEUS bondade,
Legar aos simples mortais,
Um homem que tem dons tais,
Como os que a ti concedeu,
Pois um peito como o teu
Que abriga voz e bondade,
E a grande capacidade
De versejar de improviso,
Nos mostra que é preciso
Sermos gratos eternamente
Pois que nos deu de presente
Poder ouvir-te cantar.
Em breve te visitar,
Não tenhas dúvidas, irei
Pois a terra que amei,
Adotastes e nela vives,
Com o seu povo convives,
Suas belezas decantas,
Das coisas simples tu cantas
A intrínseca beleza,
Descreves a natureza,
Os rios , os passarinhos,
A beleza dos caminhos
E o fazes com justeza.
Sinto-me gratificado,
Escrevendo esta cartinha,
Seguem juntos, pois convinha
Trabalhos que escrevi,
Remeto-os para ti,
Esperançoso que leias,
Elas não são obras feias,
Garanto que gostarás
Imploro-te que não vás
Deixa-las ao lado sem lê-las
Inspirou-me a escrevê-las,
O amor...e nada mais!