NÃO SEI DE NADA
NÃO SEI DE NADA
Muitas vezes até acho
Que me falta um parafuso
Quanto mais leio jornal
Vou ficando mais confuso
PC seria coroinha
E Collor Santidade...
Comparado a turminha
Da vermelha estrelinha
Enquanto a tal de bolsa família
Entorpece a pobreza
Companheiros dançam quadrilha
Ao redor de sua Alteza
Que diz que não sabe nada
Nunca ouviu falar disso não
Nem estava no Alvorada
Quando surgiu o Mensalão...
Reunião de Santa Ceia
Metamorfose ambulante
Enredados nessa teia
O povo, mero coadjuvante...
Gente que trabalha todo dia
Cinco meses sem ganhar
Para essa patifaria
Com o imposto sustentar...
Inventaram um tal cartão
Chamado corporativo
Para esconder a corrupção
Sacavam dinheiro vivo...
É perfume... É tapioca...
Até esteira rolante
Ai meu Deus, como é broca...
Fazer papel de ignorante...
E ainda corro o risco
De um processo pela bucha
Tenho que ficar arisco...
Ou me queimam feito bruxa...
Eles tem advogado
Etcetera, coisa e tal
A história vira o lado
Vão querer dano moral...
Eu não passo em Campinas
Nem tampouco Santo André
Lá é muita adrenalina
E também não sou lelé
Assim vou terminando
Vou saindo de fininho...
Será que tem alguém olhando
Ou seguindo meu caminho
Tudo, tudo está beleza...
Luis falou, então é lei...
Deixo apenas a certeza
Nego tudo, só escutei...
Não fui que escrevi
Apenas psicografei
Juro que eu nada vi
Garanto que nada sei