NÃO SEI DE NADA

NÃO SEI DE NADA

Muitas vezes até acho

Que me falta um parafuso

Quanto mais leio jornal

Vou ficando mais confuso

PC seria coroinha

E Collor Santidade...

Comparado a turminha

Da vermelha estrelinha

Enquanto a tal de bolsa família

Entorpece a pobreza

Companheiros dançam quadrilha

Ao redor de sua Alteza

Que diz que não sabe nada

Nunca ouviu falar disso não

Nem estava no Alvorada

Quando surgiu o Mensalão...

Reunião de Santa Ceia

Metamorfose ambulante

Enredados nessa teia

O povo, mero coadjuvante...

Gente que trabalha todo dia

Cinco meses sem ganhar

Para essa patifaria

Com o imposto sustentar...

Inventaram um tal cartão

Chamado corporativo

Para esconder a corrupção

Sacavam dinheiro vivo...

É perfume... É tapioca...

Até esteira rolante

Ai meu Deus, como é broca...

Fazer papel de ignorante...

E ainda corro o risco

De um processo pela bucha

Tenho que ficar arisco...

Ou me queimam feito bruxa...

Eles tem advogado

Etcetera, coisa e tal

A história vira o lado

Vão querer dano moral...

Eu não passo em Campinas

Nem tampouco Santo André

Lá é muita adrenalina

E também não sou lelé

Assim vou terminando

Vou saindo de fininho...

Será que tem alguém olhando

Ou seguindo meu caminho

Tudo, tudo está beleza...

Luis falou, então é lei...

Deixo apenas a certeza

Nego tudo, só escutei...

Não fui que escrevi

Apenas psicografei

Juro que eu nada vi

Garanto que nada sei

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 06/02/2008
Código do texto: T848761
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