MUNDO DOIDÃO - Final

Isso valia para todos
Ou casava ou morria
Não adiantava chorar
Quem escapava, fugia,
E se o sujeito se mandasse
Melhor que o mundo acabasse
Nunca mais ninguém o via

Ele que não mais voltasse
À cidade de onde se foi
Caso voltasse, imaginem,
Apanhava feito um boi
Poderia até ser morto
E viraria um anjo torto
Sem nem poder dizer oi

Claro que tamanho exagero
Não poderia perdurar
O diálogo é o caminho
Não vamos exagerar
Mas a coisa mudou demais
Por favor, me dê meus sais
Que o mundo vai acabar!

E tudo é culpa do homem
Que pecou por omissão
Ou porque quis errar mesmo
Seguindo conselho do cão
E assim transformou a vida
Que um dia foi querida
Nessa grande confusão

O que podemos esperar
De manhãs sem esperança
De gente sem ternura
Adultos que matam criança?
Os sonhos, onde estão?
Esquecemos o perdão,
Só pensamos em vingança!

Desiludiu-se a humanidade
Num caos sem precedente
Vendo tudo pegar fogo
Na violência crescente
Parece que nada tem jeito
Ninguém mais morre no leito
Chorado por sua gente

Então, o que devemos fazer:
Deixar as coisas como estão
Sem levantar uma palha
E endurecer o coração
Pondo uma pá de areia
Em toda essa coisa feia
E aumentar a confusão?

Espere, não é bem assim,
Somos seres evolutivos
Ainda existem homens bons
Estudiosos e criativos
Agindo como altruístas
Como os poetas e artistas
Que nunca são vingativos

Com eles podemos sonhar
E viajar nos devaneios
Fazer da vida uma festa
Não pegar o que é alheio
E da cor do que é bonito
Repintemos o maldito,
Apagando os pontos feios

Trocando as cores da vida
Pintando um desenho novo
Enchendo a Terra de plantas
Alegrando o rosto do povo
Para colher só alegria
Tornando a existência sadia
Fazer do viver um renovo

Nesse mister, então,
Apenas o bem reinará
Sonharemos acordados
Vamos o amor replantar
No jardim nascerão flores
Semearemos amores
Nunca será preciso chorar

A não ser que o choro venha
Trazendo a felicidade
Como emissário da paz
Demonstrando idoneidade
Nos olhos de quem o derrama
Acendendo assim a chama
Que guia a humanidade
Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 01/02/2008
Reeditado em 30/08/2008
Código do texto: T841713
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