ROMANCE da triste experiência de Coadinho no Rio de Janeiro

Olha só a bronca que o Coadinho se meteu

No morro timbáu, complexo da maré no Rio de Janeiro

---------------------------------------------------------

Como meu nome é Conrado,

Conheci uma Conrada,

Uma cabrita escolada

Que me deixou excitado,

Eu fiquei destrambelhado

Por causa desta cabrita

Que era acesa e bonita,

E nem me lembrar eu quero,

Que deu-me um desejo fero

De comer sua priquita.

Se o “mane môco” se agita,

O cabra fica arretado,

Iguá a um bode interado

Chêrando uma cabra bonita,

O bicho se precipita

Querendo ir aos finalmente

Que outra coisa não sente

Que o desejo sexual

Só para quando afinal

Mata o seu desejo ardente.

Na luta siguimos em frente

Eu num sentia embaraço

Tava sentindo um mormaço

Vindo do sangue fervente,

Estava passando gente

Mas eu nun dava nem trela,

Abufelado com ela,

Que nem o suor passava

Por que doidinho eu estava

Pra cumê o xirí dela.

Nós fomos até a favela

Donde ela tinha um barraco,

Já tava assim meio fraco

De tanto grozar com ela,

Chupava na língua dela

Qui só fartava arrancar,

E de tanto apalpar

Seu imenso mundurú,

Do tamãe de um cururu,

Eu tava pra me acabar.

Acabemo de chegar

Fumo trancando as janela,

Pruquê sozinho com ela

Tava doido pra ficar,

Tratei logo de tirar,

As roupas, ficando nu

Fungando iguá um gnú,

Tirei as dela todinha,

Mais quis tirar sua calcinha,

E ela fez um sururu.

Fiquei tão desnorteado

Qui quase que dava um grito,

Sinti um troço esquisito,

Por ter o ímpeto barrado,

Foi ai que indignado

Com ela no chão rolei,

A sua calcinha rasguei,

O que ainda lamento

Descobri neste momento

Que a Xarazinha era um GueY..

O mundurú que apalpei,

Era o pau dobrado em quatro

Se se batesse o retrato

Do bicho quanto o soltei,

Com certeza eu não sei,

Dizer, a fotografia

Quantos quilos pesaria,

Mais uma coisa me espanta

Parecia um pau de anta,

A enorme porcaria.

Juntei de qualquer maneira

Minha roupa, e desesperado

Sai correndo pelado

Descendo enorme ladeira,

E vindo na minha esteira

Mais de trezentos cachorro,

E chegando ao pé do morro,

Tinha um policiamento

E um violento sargento

Veio logo dando espôrro.

Apanhei que quase morro,

Algemaram minhas mão,

Jogaram no camburão

Em vez de me dar socorro,

De outra vez eu num corro

Prumode num me estrepá,

O resto num vou contá

Sobre o muito que sofri

Porque no fim nem comi

Nenhum xirí de Xará.

Coadinho F.Nascoxas

Mestre Egídio
Enviado por Mestre Egídio em 30/01/2008
Código do texto: T838776