Meus Primeiros Banhos: Com Amor e Cuidado
Numa bacia de zinco, a história se inicia,
Meus primeiros banhos, pura melodia.
Vovó, com água quente, o ritual iniciava,
Mamãe, com água fria, a temperatura ajustava.
"Gileite, traz o 'adarto'!", a vovó anunciava,
E o banho, um espetáculo, que a todos encantava.
"Olha que pernas gordas!", os tios comentavam,
E eu, feliz na água, a todos alegrava.
Mamãe, sempre atenta, com olhos de coruja,
Supervisionava tudo, sem nenhuma desculpa.
A experiência da vovó, guiava cada ação,
Garantindo que o banho fosse pura proteção.
O banheiro, um cantinho, de luz meio sombria,
Mas o amor da família, tudo iluminava, dia após dia.
Após o banho, o talco, um perfume suave,
E o colo da família, um abraço que acalma e que brave.
Tio Laerte, ousado, me jogava pro alto,
Mamãe, aflita, pedia: "Para, por favor, não salta!".
Mas eu, no alto, sorria, sem medo de cair,
E a alegria da infância, no ar a persistir.
A experiência da vovó, um farol a guiar,
Os cuidados da mamãe, um amor a zelar.
Meus primeiros banhos, memórias que aquecem,
Um cordel de carinho, que jamais se arrefecem.