O COMPUTADÔ E O MATUTO ( Complemento Claraluna )
Esses tar computadô
Tão intrano pra história
Sabem mais do que dotô
Ta tudo na tar memória
Um dia desse eu topei
Cum desses na minha frente
Cunversá com ele eu tentei;
Diz que eles fala com a gente!...
Eu falei _ Ô seu minino
Que tem todo o sabê:
Dá licença, fui pidino
Quero proseá com ocê.
Pras pergunta que eu fazia
Ele ficava calado
Mas logo arguém me dizia
O bicho ta disligado
Intão falaram pra mim
_ Tem que apertá o butão
Eu fiquei oiano assim
Sem sabe se punha a mão
Ele acendeu um visô
Que nem a televisão
Foi intão que ele falô
Que tava à disposição
Mandei pregutá pra ele
Se ele tinha coração
Se tinha nas coisa dele
Saudade, amor e paixão
... Computadô num responde
Tem que tacá nele o dedo
Arguma coisa me isconde
Ou vai vê que ele tem medo
... E ele ficô calado
Num sôbe me arrespondê
O que é certo o que é errado
Num dicide o que fazê
Pur si ele nada sabe
Num tem a inteligença
Nele o Divino num cabe
Ele num tem providênça
Falei pra ele, intão
_ Cê num tem boa intenção,
Muita gente tá inganada
Pra min ce num tá com nada !
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CLARALUNA diz:
Realmente, meu cumpadi,
Esse é um treco inganoso
Tem no campo e na cidadi
Porém já ficô famoso.
Se nóis nun tivesse dedo
Pra fazê ele fala
Já estaria no degredo
Ninguém ia simportá.
Mais o Deus que nos criô
Também deu inteligênça
Pru home que o inventô
Pro proguesso da ciência.
Mas ocê tá cum a razão
Sozinho ele num é nada
Num tem ninhuma emoção
Sua mente é retardada.
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... Ô minina; fico besta concê, sô! Êta minina danada de tinhosa pra iscrevê bunito, sô ! ((*_*))
Obrigado, amiga, por se dignar a participar comigo, você que é batuta no cordel ( onde me aventuro como iniciante ). Wagno.