A dor da saudade
A saudade é passageira
Porém nunca foi pra mim,
Inda sinto o cheiro dela
Quando estou no meu jardim,
Parece que não tem jeito
Da saudade no meu peito
Eu jamais verei o fim.
Vou escrever uma carta
Expondo toda a verdade
E pedir ao colibri
que a leve com brevidade
Onde mora o meu amor
Para ela saber que a dor
Que eu sinto é dor de saudade.
Mas se por algum motivo
O colibri voador
Não puder levar a carta
Eu vou pedir um favor
Para o meu amigo vento:
- Vento vá nesse momento
À casa do meu amor
Ela mora numa rua
Chamada rosa amarela
A casa é número dois,
Na frente há uma cancela,
De maneira bem mansinha
Coloque esta carta minha
Embaixo da porta dela. -
Se acaso o vento não for
Não haverá outro jeito
Com as minhas próprias mãos
Vou rasgar o que foi feito,
Vivo sem felicidade
Com o punhal da saudade
Atravessado em meu peito.
11/02/2025
José Reginaldo Medeiros