OS ANTÔNIOS
Vou falar nesse momento
Com a maior brevidade
Do tanto de Antônio que
Vejo e vi nessa cidade;
Alguns ainda estão vivos
Uns foram pra eternidade.
Lembro de vários Antônios
E à minha recordação
Vem Seu Antônio Secundo
Vendendo açúcar e sabão
E Antônio do padre que
Conhece essa região
Tem Antônio de Das Neves
Que só faz garapa boa,
Já o que vende relógio
Tem nome Tonho Canoa,
Lembro de Antônio Marinho
Uma excelente pessoa.
Tem Toinho que é garçom
Nos dando muita atenção,
Vem agora em minha mente
O seu Antônio Sertão
Que vendia balde, concha,
Prego, panela e peão.
Tinha Toinho de Veiga
Lá na Vila São Vicente,
Tem seu Antônio Cambembe
Inda rezando na gente
E Antônio de Capa Verde
Desenhista competente.
Tem Tonhão do Ouricuri
Amigo e bom camarada,
Tem Tonho Bezerra e Tonho
Chamado Tonho Bofada,
Tinha Tonho Tiatonho
Que foi pra eterna morada.
Tinha Antônio Perna Santa,
Tem Tonho da melancia,
Lembrei de Tonho de Olivia
Que anda para a Baixa Fria,
Lembrei de Tonho Fuçura
E de Tonho de Luzia.
Tinha Antônio de Nezinho
E falo nesse cordel
De Tonho Cangalha e Tonho
Que é filho de seu Abel
E o amigo de nós todos
Antônio de Rafael
Lembrei de Tonho Vermelho
E anoto com meu estilo;
Lembrei de Tonho Cristina
Tonho de Lia e tranquilo
Relato aqui que lembrei
Do saudoso Antônio Grilo
Tem Toinho Saturnino
E tem Antônio Siqueira,
Lembro de Antônio da escola
Tonho da banca da feira,
Tem Tonho pra todo lado
Quer você queira ou não queira
Agora que eu já falei
Dos Tonhos vou dá no pé,
Esquentei a tapioca
Vou comê-la com café,
Contudo pode aguardar
Que depois vou recitar
Um cordel só com José!
José Reginaldo Medeiros