As baratas querem ler?

Vou contar para você

Um certo acontecimento

Que se deu na minha casa

Um triste pressentimento

Uma invasão de baratas

Nos cordeis que eu invento.

Tantos livros na instante

Dispostos a qualquer um

Inclusive às baratas

Para fazerem seu tchum

Mas as danadas quiseram

Os cordeis, que zumzum.

Quando dei fé do evento

De leitura das baratas

Dos meus cordeis produzidos

Guardados para as atas

Do comércio e escolas

Deixei todas elas chatas.

As bonitinhas fizeram

Do armário o seu lar

E os cordeis aqueceram

Propíciou o morar

Mas ouça agora a merda

Que deixaram no lugar.

Mais de cinquenta baratas

Em menos de uns três dias

Nesse local onde guardo

Os cordeis, com garantias

Invadiram e cagaram

Cada página e vias.

Um fedor que não te conto

Pra você não desmaiar

Mas imagine o cheiro

De merda em um lugar

Junto com vários ovinhos

Que estavam a procriar.

Elas saíram voando

Tudo pra cima de mim

Eu já tonta com o cheiro

Pensei: pronto, é o fim.

Peguei logo a chinela

Matei tintim por tintim.

Vou dizer,que prejuízo

No meu setor financeiro

Foram pra mais de duzentos

Cordeis nesse tal bosteiro

Um cheiro que mata um

Sufoca e mata ligeiro.

Ah, danada da barata

Vinda da casa vizinha

Acabou com meus cordeis

Com o dinheiro que vinha

Na venda de cada um.

Deixou-me triste e lisinha.

Amanda Simpatía
Enviado por Amanda Simpatía em 26/11/2024
Código do texto: T8206168
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