Saudade tenho do meu avô
Seus cabelos brancos,
Quase todo de algodão,
Macios feito as nuvens,
Aspecto de um ancião,
Me dizia ensinamentos,
E eu o absorvia atento,
Aquela voz nobre razão.
Ouço ainda a voz rouca,
De carinho e proteção,
E cantávamos louvores,
Me ensinava ser cristão,
Seu sorriso contagiante,
Com a pilhéria elegante,
Homem de bom coração.
As suas mãos calejadas,
Da terra, do sol, da vida,
Trazia-me sempre amor,
Afeto e a alegria contida,
O tempo parece que voo,
Saudade tenho meu avô,
Que breve verei... partida!