O Caroço de Feijão.

O caroço de feijão.

Peço licença aos poetas

E também vossa atenção

Para contar um história

Que causa admiração

Falo de uma viagem

Do caroço de feijão.

Depois de ter se livrado

De um trio combatente

Com as glândulas salivares,

Um língua insistente

Driblou um serra afiada

Feira com 32 dentes.

Mergulhou esôfago a dentro

Esse feijãozinho sarcástico

Caiu logo no estômago

Em seu ambiente cárstico

E por lá foi surpreendido

Com um banho de suco gástrico.

Viu no intestino delgado

Um jeito de escapar

Sem saber do desafio

Que iria enfrentar

Banho de suco pancreático

Com mistura biliar.

Correu pro intestino grosso

Pensando ter escapado

Caiu numa camara gasosa

De um campo fermentado

Por muita sorte saiu

Ileso do outro lado.

Jurou por todos os Santos

Não repetir a bobagem

Não querer mais aventuras

Deixar a camaradagem

E que nunca mais fará

O desafio da viagem.

Valdir Prudêncio

Valdir Prudêncio dos Santos
Enviado por Valdir Prudêncio dos Santos em 23/11/2024
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