Pobre de direita

Disse um certo pensador

Que "Nada é mais deprimente

Que um escravo satisfeito"

Nisso ele foi contundente

Eu concordo com Mongón

Ao ver o ocaso da mente.

Como posso conceber

Ver um pobre de direita

Defender o indefensável

Aplaudir fraude da ceita

Pautas que lhes prejudicam

Não entendo essa receita.

Beijam chicote do algoz

E até matam adversários

Sob influência de mitos

Da fé e de seus rosários

E não compreendem que eles

Amargam mesmos calvários.

Meu xará já fez um livro

Chamando nossa atenção

Falo de Jessé de Souza

Versa sobre essa ilusão

Pobre se acha classe média

Conspira em pró do patrão.

Classe média se acha rica

Vivem todos na cegueira

Eles nunca alcançarão

A Nirvana verdadeira

Porque quem eles defendem

Só os querem na rabeira.

Trabalhar sem utopia

É viver na escravidão

Sem consciência de classe

É torcer pelo patrão

Onde já se viu tal coisa

Só lá no Bolsoquistão.

Fortalecer sindicatos

Direitos reconquistar

Dá um basta no fascismo

Se unir, também lutar

Apenas o povo unido

Vai conseguir prosperar.

Também é muito importante

Renovar nosso congresso

Eleger os companheiros

Que defendem o progresso

Da classe trabalhadora

P​​​​​​ra frente e sem retrocesso.

Nossa luta continua

Com a guarda levantada

O nosso grito em uníssono

Dia e noite e madrugada

Descansaremos da luta

Com a vitória alcançada.

 

Salvador, 18/11/24,

Jessé Ojuara
Enviado por Jessé Ojuara em 18/11/2024
Reeditado em 18/11/2024
Código do texto: T8199580
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