GATOS, HIENAS, LOBOS, LEÕES, URUBUS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.
GATOS, HIENAS, LOBOS, LEÕES, URUBUS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.
É tão hipócrita a ética!
A emoção mais frenética
É um aríete da massa
Avara que vara o dia
E insiste na hipocrisia
De um riso sempre sem graça.
Só se fala em dinheiro,
Enquanto o bom brasileiro
Desconfia da imprensa
Que propaga o desespero
E denigre, com esmero,
Quem diz o que o povo pensa.
De tanto ser enganado,
O povão esfomeado
Nem quer saber de discurso
E observa da janela
De um barraco da favela,
O gato brincar com o urso.
Com seus paletós de grife,
Como quem carrega o esquife
Do sonho mais popular,
De bravata em bravata,
Político mostra a gravata,
E escolhe a quem se juntar.
Votando seu próprio aumento
Nunca dão nem um por cento
Ao pobre trabalhador
Que afinal, é empregado
Da empresa do deputado,
Do ministro e senador.
São como uma alcateia
Devorando uma plateia
De bracinhos levantados
Para os lobos ansiosos
Dos poderes asquerosos
Dados por pobres coitados.
Puro jogo de interesses,
Quem se mistura com esses
Quer, na certa, a recompensa,
Escolhe, de um lado a hiena,
E quando o leão sai de cena,
Põe em prática o que pensa.
O pobre eleito não dura
Porque a bala só procura
A cabeça ou o peito
De quem vê na honestidade,
Mera possibilidade
De na miséria dar jeito.
E assim vai girando o mundo
Quem não vira vagabundo
É sempre um trabalhador
Que paga pelo ladrão
Que faz da constituição
O habeas corpus do doutor.
E o que pensa esse bando,
Que de desmando em desmando,
Mostra o quanto são iguais,
E o povo que escolhe um lado
Vota sempre mais errado,
Nas urnas do Satanás.
A história verdadeira
Tem mostrado a vida inteira,
Nossa velha rejeição,
Retirando do poder
Quem só possa oferecer
A velha corrupção.
Mas somos marionetes,
Somos idosos... pivetes
Balançando qual palhaços
Num vetuso picadeiro
Que não deixa o brasileiro
Ocupar os seus espaços.
Honestamente, o que penso,
Neste mundo sempre tenso
Ante cada nova eleição:
Que só vote quem quiser,
Porque o povo não mais quer
Saber dessa enganação.
Que se crie a liberdade
De votar quem, de verdade,
Crê que um dia, um cidadão
Chegará não sei de onde,
No seu foguete... ou no bonde
Da anticorrupção...
E num toque de magia,
Matará a hipocrisia
Com seus "lêiseres" de prata,
Destruindo esse nazismo
Comunismo ou socialismo
De um nó que nunca desata.
Não importa a ideologia
Se a velha patifaria
É mais forte que as viroses
E o povo ignorante
Vai votando no assaltante
Ou até nos seus algozes
Que leis são essas, meu Deus,
Que deixam os filhos teus
Cada vez mais ao relento?
Enquanto os ladrões safados,
São postos, depois de julgados
No seu próprio apartamento?
Com lágrimas de ternura,
Os alvarás de soltura
Libertam tanto ladrão...
Que exibir tornozelheira
Virou coisa corriqueira
Para quem rouba um trilhão.
A TV adora a morte
Entregando à própria sorte,
A plebe rude e incauta
Que procura ser feliz,
E acredita em quem lhe diz
Que São Jorge é um astronauta.
Exibem roupas de marca,
Ante a miséria tão parca
Que ganha o trabalhador
Que ele até se extasia,
Ante a rica moradia
Do que rouba sem pudor.
Eu sei que a justiça é cega
... ou míope e sempre se nega
A condenar seu compadre,
E o povo com tanto imposto
A pagar... vê o deposto
Virar santo, anjo ou padre.
Já que roubar virou vício,
Para que tanto comício
Prometendo honestidade,
Se o eleitor sempre vota
Naquele que sempre arrota
Mentira com falsidade?
Ladrão que rouba ladrão
Tem cem anos de perdão...
Que bordão mais imbecil -
Que só serve pro safado
Que é sempre libertado,
Pondo algemas...no Brasil !
Às 12h e 44min do dia 10 de maio de 2020 do Rio de Janeiro - Dia das Mães - Registrado no Recanto das Letras - INSCREVA-SE.