O PODER DO DEUS CRIADOR E AS DEZ PRAGAS DO EGITO
Há muito tempo passado
No continente africano
A mão de Deus se mostrou
A um povo soberano
Seu deu no antigo Egito
Aquele grande conflito
Em um reinado tirano
Os filhos de Abraão
Povo do Deus Criador
Estavam escravizados
Por um império agressor
O Egito os oprimia
Mas chegou o grande dia
Deus ouviu o seu clamor
O Senhor disse a Moisés
Eu sou Deus, o seu Senhor
Vá e diga a Faraó
Das terras, governador
Que liberte todo o povo
Para que possam de novo
Me devotar seu amor
Pois sinais e maravilhas
No Egito eu vou fazer
Transformo cajado em cobra
Se alguém quiser contender
E se por fim, imitar
A cobra vai devorar
Tragando o que aparecer
O arrogante faraó
Coração endurecido
Lucrava com o trabalho
Daquele povo vencido
Mas vindo a calamidade
Toda a desumanidade
Teria um final temido
Moisés falou para Arão
Pelo Senhor ordenado
Que estendesse sua mão
Junto com o seu cajado
Todas as águas ferisse
Até que o mundo visse
Tudo em sangue transformado
Os rios, tanques e vasos
E todo o ajuntamento
Que continha água pura
Virou sangue num momento
Todos os peixes morrendo
O rio estava fedendo
Ouviu-se grande lamento
O povo não foi liberto
Faraó não se moveu
O Senhor então falou
Pelo seu servo hebreu
Tão logo pela manhã
Mandarei praga de rã
Em todos os termos seu
Arão estendeu a mão
Com a vara sobre as correntes
E o país se encheu de rãs
Rios, tanques, e nascentes
Encheram-se como guerra
As rãs cobriram a terra
Aperreando os viventes
E os magos do Egito
Pra seu senhor agradar
Com os seus encantamentos
Predispostos a enganar
Mais rãs também produziram
Na própria cova caíram
Ninguém podia escapar
Faraó desesperado
A Moisés mandou chamar
Dizendo que a Deus rogasse
Por ele e pelo lugar
Que ao povo libertaria
E ao deserto enviaria
Para a Deus sacrificar
E Moisés lhe respondeu
Amanhã eu rogarei
Para que a praga cesse
Ao meu Deus eu pedirei
Elas ficarão no rio
Naquele canto baldio
E ao Senhor bendirei
As rãs morreram nos campos
Pátios, casas e quintais
E o mau cheiro que exalou
Ninguém suportava mais
Mas Faraó descansado
Porque o mal tinha cessado
Não se comoveu jamais
Arão estendeu a mão
E feriu o pó da terra
Fez surgir muitos piolhos
Tantos que nem pó de serra
Tinha piolhos no gado
No povo e no descampado
Que parecia uma guerra
O Senhor disse a Moisés
Ao faraó vá dizer
Que lhe darei um sinal
Pra que possa perceber
Agora eu vou enviar
Moscas para perturbar
Quando o dia amanhecer
Protegerei o meu povo
Para dar entendimento
Pois o enxame que ataca
Casa, povo, ajuntamento
A Gósen irá poupar
Para o meu povo habitar
Livres, sem padecimento
A palavra se cumpriu
Da maneira proferida
Foi a terra do Egito
Por enxames corrompida
Faraó disse por si
Sacrifiquem a Deus aqui
Nessa terra a vós cedida
Moisés disse: Não convém
Ser aqui nossa alegria
Nosso Deus quer que marchemos
Como uma infantaria
Três dias caminharemos
E a Deus adoraremos
Como o seu povo faria
Faraó disse: Tá certo
Deixarei vocês partirem
Mas eu vou advertir
Pra muito longe não irem
Sacrifiquem, façam assim
Que orem também por mim
E contra mim não se virem
Moisés orou ao Senhor
Que ao enxame retirou
Todo o povo livre estava
Pois nem uma só ficou
Faraó retrocedeu
Outra vez se arrependeu
Ao povo não libertou
Moisés da parte de Deus
Voltou para conversar
Se ao povo detiveres
De livrá-los recusar
Virão pestilência e morte
A todo animal de porte
Que no Egito habitar
Mas ao gado de Israel
Eu trarei o livramento
Amanhã começará
A morte e o sofrimento
Tudo isso aconteceu
Faraó não se moveu
Não teve o discernimento
Então disse o Senhor
A Moisés e a Arão
Tomai da cinza do forno
E espalhem com a mão
Diante do soberano
Pois não haverá engano
Em sarna se tornarão
Tudo isso aconteceu
Úlceras no homem e gado
Os magos se contorciam
Todo o povo em desagrado
Mas Faraó não ouviu
Da verdade ele fugiu
Com o coração gelado
Então Deus mandou aviso
Pra Faraó conhecer
Saibas que eu te criei
Pra que vejas meu poder
Recolha todo o teu gado
Que no campo for achado
Que a saraiva vai descer
O Senhor mandou trovões
Junto com fogo e saraiva
Todo o campo foi queimado
Nenhum animal restava
Só um lugar foi poupado
Foi onde estava acampado
O povo que Deus amava
Nessa chuva de saraiva
Muitas vidas se perderam
Faraó disse: Já basta
Reconheço que venceram
Moisés ao Senhor orou
Toda a saraiva parou
Eles não se convenceram
Então Moisés e Arão
O Faraó encontrou
Dizendo que gafanhotos
Comeriam o que ficou
Toda a terra cobrirão
Toda a erva comerão
Destruindo o que sobrou
Tudo isso aconteceu
Mas não trouxe novidade
De novo o medo e a revolta
Acompanhou a maldade
As trevas então chegaram
Por três dias triunfaram
Espessa calamidade
O Senhor disse a Moisés
Trarei a praga maior
Haverá uma grande morte
Nos filhos em derredor
Primogênitos gerais
De homens a animais
Conhecerão o pior
Agora vos deixarão
De tão grande a sua dor
Vocês então pedirão
Prata, ouro, o que for
Vestimentas e animais
E não vos reterão mais
Grande é o nome do Senhor
A páscoa foi ensinada
Anunciando o cordeiro
Porta com sangue marcada
Livramento verdadeiro
O Egito pereceu
Todo o povo conheceu
O grande Deus verdadeiro.