O que me dá alegria
Um taco de rapadura
Um sorriso de criança
Visita de um amigo
O que vale relembrança
Contemplar a natureza
Vibrar com toda beleza
Que nossa vista alcança.
Receber sincero abraço
Sem nada ter que pagar
Pois quem o deu não espera
Nada em troca ganhar
É livre e espontâneo
Sentimento simultâneo
É Consequência do amar.
O que me dá alegria
É ouvir um bom cantar
Dos seres da natureza
Dos seres a musicar
Música que tem valor
De grande compositor
Que nos faz catarsear.
É também me dar de conta
Que a perversa herança
Do preconceito real
Com grande perseverança
Vou me libertar um dia
Pois sei, o que tem valia
É sermos livres na dança.
E nos tempos atuais
O que me dá alegria
É pegar lápis, papel
Tentar com sabedoria
Fazer cordel infantil
E o ser estudantil
Declamar com maestria.
Tem muita coisa na vida
Que pode nos alegrar
Fazer castelo de areia
E ainda vislumbrar
Em ser avó outra vez
E com muita fluidez
Novo ciclo integrar.
Eu escrevo cordel – Quarto cordel publicado como parte do desafio “4 LUAS DE CORDEL”(Link: https://taplink.cc/4luas)