A rainha pobre
Era uma vez uma mulher,
Que mentia sem cessar,
Inventava tantas histórias,
Difícil era acompanhar.
De início, parecia bobo,
Um jeito de se distrair,
Contava que tinha riquezas,
E amores a fluir.
Dizia ser princesa em terras distantes,
Com castelos a enfeitar,
E que tinha um destino brilhante,
Que ninguém poderia alcançar.
Mas um dia, em seu caminho,
Confundiu a fantasia,
As mentiras eram tantas,
Que perdeu a harmonia.
Acreditava ser rainha,
Com todo o povo a aplaudir,
E embora fosse ilusão,
Ela já não conseguia sair.
Vivia em seu mundo inventado,
Sem laço com a verdade,
As mentiras lhe eram espelho,
Apagaram sua identidade.
Quando a realidade bateu,
Em choque, veio a dor,
Despertou em um abismo,
Sem cor, sem vida, sem amor.
Assim, sua mente cansada,
Sem força pra continuar,
Escolheu o silêncio eterno,
Na ilusão foi se afogar.
Fica a lição dessa história,
Para quem ouve e entende,
Que a mentira, por mais doce,
Um dia sempre se rende.