Saudades de um amigo!

Saudades de um amigo

Começo minhas palavras

Citando Santo Agostinho

“A morte não é nada,

Somente passei para outro lado do caminho”

Com fé nós aqui estamos

Na ressurreição acreditamos

E temos muito carinho.

Adalgiso Ferreira de Castro

Deixou aqui o seu legado

Uma mente espetacular

Por nós ele será lembrado

Nosso grande historiador

Grandes verdades narrou

Histórias de antepassados

Nasceu em 15 de novembro

Do ano 43 (1943)

O presidente era Vargas

Falo aqui para vocês

Segunda Guerra Mundial

No Miguá nasce o Adal

Meu amigo e de vocês.

De maneira carinhosa

Seu pai lhe chamava Adal

Você muito gostava

Ele foi referencial

Tamanha fragilidade

Você herdou a integridade

És bastante especial!

Honrou seu e sua mãe

Foi presente, cuidador

Contava com humildade

Tudo o que o pai passou

Cada ida ao hospital

Quando tudo ia tão mal.

Quem a mão lhe estirou.

Filho de Antônio e Lulu

De Maria Luíza, irmão

Também de Aluizio

Zeferino e Sebastião

Gente da melhor qualidade

Com princípios, honestidade

Deixou sua marca nesse chão.

Uma memória admirável

Uma educação tão singela

Um homem de muito valor

Gente de alma tão bela

Viveu com simplicidade

Respeito, integridade

Com amor pela capela.

Adalgiso por muitas vezes

Aqui nos confidenciou

Que era um homem feliz

O sonho do pai realizou

Doar o terreno para a capela

E muito amor tinha por ela

Ele aqui muito rezou.

Do Sindicato Rural

Foi sócio fundador

Na Associação Comunitária

Sempre participou

Na saúde também fez história

Sei que guardam na memória

Que injeções ele aplicou.

.Adalgiso, meu primeiro compadre

Amigo da vida inteira

Elogiava minha missão

Uma palavra verdadeira

Amava o nosso coral

Hoje na mansão celestial

Vive da melhor maneira.

Deus foi muito generoso

Preparou tudo bem direitinho

Ele faleceu em sua casa

No seu lugar, no seu cantinho

Com sua mente preservada

Com a alma iluminada

Falando com muito carinho.

_ Eu vou ficar bem!

Como de fato aconteceu

Seu sofrimento acabou

Nossa Senhora lhe recebeu

Sua enfermidade sarou

Santo Antônio anunciou

Chegou um querido meu.

Seu amor pela Trezena

A água aqui no jardim

O lanche aos trabalhadores

Te seguirão até o fim

Fazendo sempre doação

Velas, água, premiação

Quanta saudade em mim.

O choro é natural

A saudade não vai passar

Mais uma alma pra Deus

E nós temos que aceitar

Devolvemos para o céu

Declamo nesse cordel

Adalgiso, memória do Miguá.

Lúcia Teixeira
Enviado por Lúcia Teixeira em 24/10/2024
Código do texto: T8180977
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.