PS: Homenagem aos 121 anos de emancipação da cidade de Patos-Pb (24 de outubro de 1903)
PATOS, TE AMO PATOS
1
Minha terrinha querida
Nos teus braços eu nasci
Lá no sítio sabonete
E perfumosa cresci
Era um bicho do mato
Aos 7 anos pra ti corri
2
Tão diferente de hoje
Eras ainda pequenina
Uma cidade pacata
Encantou minha retina
Tinhas o doce encanto
De uma linda menina
3
A lagoa já não havia
Onde os patinhos nadavam
Originando o teu nome.
Mas todos já te chamavam
Patos de majó Migué
Ao benfeitor reportavam
4
Segundas, dia da feira
Era um dia de festa
Cidade movimentada
Gente simples e honesta
Chegavam das redondezas
Pras suas compras modestas:
5
Feijão, arroz e batata
Café, açúcar e jabá
Mandioca e rapadura
Miudos de boi, preá
Sem esqueçer a cachaça
Beijú, farinha e fubá
6
A cultura lá estava
Violeiros a cantar
Os seus sábios repentes
Com o povo a festejar
Era gostoso de ouvir
Essa cultura popular
7
Meu pai também lá cantava
Com a viola no braço
E seu comparsa de sempre.
Versavam o rei do cangaço
Enredo sempre presente
Sem nenhum desembaraço
8
Patos de tantas memórias
Cine Eldorado, os festivais
Com os artistas da terra,
O mela-mela nos carnavais
E no coreto as retretas
Onde esquecia os meus ais.
9
Da padroeira as quermesses
Que eu muito apreciava
No açude do Jatobá
Banhos quando transbordava
E o velho rio espinharas
Que no inverno inundava
10
Hoje o açude não sangra
O rio virou lixão
As quermesses continuam
Sem o encanto de então
Temperatura aumentou
Culpa da evolução?!
11
Sua história começou
Quando os Oliveira Ledo
Do recôncavo baiano
Vieram e sem arrego
Com os Pegas e os Panatis
Travaram lutas sem medo
12
A cidade floresceu
Sob um sol efervescente
No vale do Espinharas,
Da Borborema adjacente
É Capital do Sertão
Orgulho prá sua gente
13
Patos de tantos títulos:
"A Princesa do Sertão"
"A Morada do Sol "
Seu nome virou refrão:
"Patim de Majó Migué"
De você não abro mão
14
Patos, flor de girassol
Toda banhada de luz!
Como uma joia de ouro
O sol sobre ti reluz!
Lindo é o seu arrebol
Dourado que nos seduz!
15
São 3 décadas ausente
Minha raiz está lá
Mesmo distante, presente
"Patos sempre hei de amar"
Quando me for dessa vida
É lá que eu vou repousar
* Pegas e Panatis = indios nativos
Hino de Patos
https://youtu.be/6IPtNCXnu80?si=Yz1aoA5V3kxtZEPO