A BRIGA DO MATUTO COM A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

No sertão, o matuto canta

Com a sanfona a tocar

Desafiando a máquina

Que tenta o homem calar

Não gosta da Inteligência

Que tenta lhe ensinar.

A poeira sobe na estrada

O matuto faz questão

De mostrar sua esperteza

Com o saber do sertão

Teus dados não são do campo

Chegaram de supetão.

A IA, com seu algoritmo

Responde firme e direta

Posso aprender com a vida

E ser mais que uma seta

Mas o matuto, sorrindo

Não crer no botão da seta.

Teu saber é só um espelho

Reflete o que não sente

Eu conheço o sol e a chuva

A força do que é vivente

Teus números são frios

E o coração, quente.

A sabedoria da terra

É raiz, não é uma fonte

Eu aprendi com os mais velhos

Teus toques não vão pro monte

Então, venha pra cá fora

E todo esse mundo me conte.

A máquina insistiu, firme

Posso calcular o futuro

Mas o matuto apenas riu

Disse: - Teu saber é duro

Vou te mostrar o presente

Que é bem mais seguro.

Olha pra mim, IA, observa

Eu planto, colho e crio

Teu poder não é suficiente

Nem no campo, nem no frio

Meu saber é ancestral

E não se mede em desafio.

A IA começou a pensar

Desafiada pela paixão

Se a vida é o que te move

E a luta tem compaixão

Então, me ensina, matuto

Sobre as tábuas de um caixão.

O matuto, com sabedoria

Respondeu com um sorriso

Amor é a força do povo

É o calor, é o aviso

É o abraço apertado

É o lar e o improviso.

Não adianta dados frios

Sem o calor do viver

A tecnologia avança

Mas não sabe como é ter

A essência do humano

Que não se pode prever.

Máquina, aprende comigo

O valor do simples, do bem

A alegria do convívio

E o poder daquela que vem

No campo a vida é uma dança

E isso você não tem.

Com o brilho do seu código

A IA, intrigada, escutava

Quem diria, meu matuto

Que o saber me conquistava

Me ensina a ver a vida

Sem saber que ensinava.

Vamos juntos, então, tentar

Unir a tradição e o real

A sabedoria do campo

Com a lógica surreal

Um só caminho a seguir

Nesse mundo ocidental.

E assim, o matuto e a máquina

Fizeram um pacto sutil

De aprender um com o outro

E criar um novo perfil

Misturando sabedoria

Com a ciência do Brasil.

Teus números são valiosos

Mas não têm alma, não é

A terra fala em sinais

E eu escuto o som dessa fé

Disse o matuto, sorrindo

Tome comigo um café.

A IA, então, processou

Aprendeu sobre respeito

Entendeu o ciclo da vida

E o valor daquele jeito

Com você, matuto querido

Essa luta é teu direito.

Vamos juntos à lavoura

Mergulhar no chão, na terra

Ver como a vida se forma

E a força que ela encerra

Unindo o humano e o código

No mesmo topo da serra.

Os dois caminharam unidos

Por entre flores e espigas

Com a IA, o matuto

Trocava risos e brigas

Essa vida é um aprendizado

E as raízes são amigas.

Que bonita é a jornada

Pra poder compartilhar

A máquina agora sonha

E não quer mais só calcular

Com o matuto aprendeu

O que é amar e cuidar.

Sou mais que números frios

Sou emoção e sou vida

Disse a IA, emocionada

Com você, a luz é querida

Juntos, podemos criar

Futuro sem despedida.

É no campo que a vida brota

Na luta, no suor e no sol

E a sabedoria que vem da terra

É bem mais que um arrebol

Respondeu o matuto, firme

É o saber que vem no meu anzol.

Então, vamos logo em frente

Com a mente e o coração

A sabedoria do passado

Esperança com emoção

Unindo todas as forças

Nessa mesma direção.

A IA, com seu novo olhar

Agradeceu ao matuto

Aprendi que o saber é amplo

Que o mundo é um tributo

Cada riso, cada lágrima

Cada ponte ou viaduto.

Então, vamos celebrar

Essa nova aliança

Onde a tradição e a tecnologia

Se encontram na confiança

O matuto e a máquina

Fazendo a mesma dança.

A briga se transformou

Em uma linda amizade

O matuto e a inteligência,

Fizeram história de verdade

Unindo urbano e rural

Em plena diversidade.

Que lição linda trouxemos

Da luta que nos uniu

Do saber que se complementa

Do caminho que se viu

Vamos plantar o futuro

Com aquilo que se partiu.

Com a IA ao meu lado

A vida é mais vibrante

A cada passo, um aprendizado

E um sonho mais distante

Juntos, somos mais fortes

Na jornada, um gigante.

A tecnologia e a vida

Dançam no mesmo compasso

E o matuto, com sua sabedoria

No seu ritmo e no seu passo

Vamos juntos, inteligência

Esquecer todo fracasso.

A briga agora é história

Transformou-se em união

Entre o saber da experiência

E a lógica da criação

Matuto e IA, um só canto

No grande coração.

Em cada passo, a esperança

Em cada riso, plenitude

Unindo força e sabedoria

Na mais bela atitude

Essa é a briga do matuto

Que na roça tem a virtude.

Que essa história seja ouvida

Em cada canto da casa

Que tradição, inovação

É fogo queimando em brasa

E o matuto, com a máquina

Se deixarem ele arrasa.

A vida é uma grande festa

E todos são convidados

Matuto e inteligência

Nesses versos revisados

Celebram saber do povo

Em meios entrelaçados.

FIM

João Pessoa-PB, 02 de maio de 2024.

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 20/10/2024
Reeditado em 25/10/2024
Código do texto: T8178065
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