AS FILHAS DO FILHO INGRATO

Vou continuar escrevendo

As histórias que vejo

Que sinto neste meu peito

E nenhuma delas desejo

Um filho ingrato falante

Que a mãe diz: - Te protejo!

As netas, entre lágrimas

Faziam todas um plano

Para ajudar a sua avó

Tentaram num desengano

E até pensaram escrever

Para o Pai Soberano.

Uma carta ao papai

Mostrando todo discurso

Nas palavras ditas fortes

Eles fazem todo curso

Navegam em tempestades

E não buscam recurso.

Sentados aquela mesa

Com a mãe do seu lado

Raciocinar com amor

Neste pedido sagrado

Cantemos por nosso pai

Pro filho desesperado.

Com tudo que nós temos

Precisamos de você

Para juntos lutarmos

Como lance de buquê

Quem pega fica feliz

Sem saber nem porquê.

A vida é preciosa

Dada por Deus na verdade

O filho precisa saber

O sentido da saudade

As palavras da família

Precisa de sinceridade.

As netas serão sinceras

Usando desse bom coração

Quebrar todas as barreiras

Rezando em comoção

Nas ladeiras dessa vida

Nós somos a redenção.

Naquela noite agitada

Ele se lembrou do carinho

Das risadas na infância

E daquele longo caminho

De quando era menino

No cantar do passarinho.

A dor da mãe ecoou

Em sua linda memória

Decidiu, então, que tudo

Era hora dessa história

Cantemos pela melhora

Da nossa Mãe Vitória.

Na manhã seguinte

Na coragem quis ir

Procurar pela mãe linda

Pra poder amor sentir

Com a mãe na sua vida

Deus pode nos consentir.

E este perdão se deu

Desculpe, mãe amada

Por não ter lhe ouvido

Nesta vida bastarda

A minha ingratidão

Já fiz dela marmelada.

A mãe, emocionada

O abraçou com fervor

Meu filho, o perdão

É um gesto de amor

Juntos podemos sorrir

E viver sem ter pavor.

Nós vamos poder viver

No lar que tão bem morei

Precisamos de união

Esta que já conquistei

O filho vai recordar

Tudo isto que passei.

As netas se alegraram

A vovó logo sorriu

E sua família unida

Novo caminho seguiu

Com amor renovado

Na frente jamais caiu.

A paz se instalou

E aquele filho ingrato

Com amor se transformou

Comendo no mesmo prato

As lembranças da vida

Pra viver mais um ato.

Assim, a lição ficou

Em usar o cartão da mãe

Cheio de dívida e dor

Naquela prova constante

Que carrega de rancor

Era um mal agradecido

Somente tinha pavor.

Esse filho ingrato

Naquela mãe não pensava

Não vê o seu sacrifício

E somente duvidava

As dívidas crescendo

Cada vez mais aumentava.

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 16/10/2024
Código do texto: T8174833
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