O POÇO ( filme)
Vou contar pra todo mundo,
De um filme que nos toca,
Onde o homem, no profundo,
Cai num poço que sufoca.
Lá de cima, vem descendo,
A comida tão sonhada,
Mas quem vive no degrau alto,
Come até não sobrar nada.
A VIDA É ASSIM TAMBÉM
No Brasil, é dessa forma,
Quem tem mais, pega primeiro,
Enquanto lá no andar de baixo,
Vai sofrendo o povo inteiro.
A riqueza se amontoa,
Para poucos desfrutar,
E os que ficam na pobreza,
Só assistem a sobrar.
EGOÍSMO É AMBIÇÃO
Quem está lá em cima esquece,
Dos de baixo, que agonia!
Come muito, nada deixa,
Vai sobrando só a fria.
E no poço da ganância,
Nosso instinto aflora mais,
Se tem pouco, a gente rouba,
E se tem muito, quer demais.
SOLIDARIEDADE RARA
Mas o filme vai mostrando,
Que se a gente dividir,
Todo mundo sai ganhando,
E consegue resistir.
No entanto, na realidade,
Essa lição se esconde,
Pois o homem, em vaidade,
Aos seus próprios fins responde.
UM SISTEMA QUE OPRIME
O poço é a nossa vida,
Onde o rico tem poder,
Enquanto o pobre no chão
Tenta apenas não morrer.
Desigualdade crescente,
Que nos faz refletir,
Se um dia essa corrente,
Vai, enfim, se dividir.
E assim segue o nosso enredo,
Entre egoísmo e união,
Mas se o homem não se vê,
Nos degraus da corrupção,
Vamos todos sucumbir,
Sem espaço pra ascender,
Pois quem está no topo olha,
E não quer mais devolver.
O Poço é um retrato,
Do mundo em que vivemos,
Se a ganância for o prato,
Pouca coisa nós comemos.