O PORTUGUÊS SAUDOSO E O GÉNIO ATRAPALHADO
Na ilha deserta, perdidos,
Estavam três a caminhar,
Um espanhol, um italiano
E um português a pensar.
Até que, por sorte grande,
Uma lâmpada vão achar.
Esfregaram bem a relíquia,
E um gênio apareceu,
Disse: "Faço um desejo
Pra cada um que escolheu."
O espanhol, muito apressado,
Disse: o primeiro sou eu!
"Ó gênio, que estou saudoso,
Da família vou falar,
Leva-me para meus filhos,
Já não posso mais ficar!"
E o gênio, com sua magia,
Fez o homem se transportar.
Depois veio o italiano,
Com desejo a declarar:
"Quero voltar pra minha terra,
Minha vinícola cuidar,
Sinto falta da fazenda,
Leva-me pra lá já!"
E o gênio, com rapidez,
Atendeu o seu pedido,
Tchhuufff! Foi o italiano
Pra seu campo tão querido.
O português ficou só,
E então falou, decidido:
"Ó gênio, sinto saudade
Desses amigos, de fato,
Traga eles de volta aqui,
Ficar só é um desacato!"
E o gênio, com um sorriso,
Fez os três ficarem gratos.
Assim na ilha ficaram,
O espanhol a reclamar,
O italiano confuso,
Mas o português a festejar.
Pois amigos são pra sempre,
E disso ele quis lembrar!