O “tchê tchererê tchê-tchê” de Gusttavo.

Uns são autores do crime

Outros financiam o luxo

A aposta segue o seu fluxo

E o tolo achando sublime

Paga pau pra quem lhe oprime

- pior cego, não quer ver –

Mil pra mim, um pra você

E a roleta vai girando

Bet, besta, roletrando

O “tchê tchererê tchê tchê”

Uns acreditam na sorte

Em influencers digitais

No leilão do “quem dá mais”

Quem ganha é o caixa forte

A aposta é o canto da morte

Sussurrando na TV

Se sonham que vão vencer

Logo acordarão chorando

Bet, besta, roletrando

O “tchê tchererê tchê tchê”

Uns se fartam em banquetes

De “honra e honestidade”

Aprisionam a verdade

Em torno dos seus macetes

E a multidão de cacetes

Espera que vá chover

Bonança e que irá nascer

Dinheiro só apostando

Bet, besta, roletrando

O “tchê tchererê tchê tchê”

Um mostra que é caiado

- o mesmo que ser fingido -

Onde o lucro é repartido?

No Supremo? No Senado?

Hora de passar o gado

Um a um pelo guichê

Pague primeiro o carnê

Pra, só depois ir passando

Bet, besta, roletrando

O “tchê tchererê tchê tchê”

Se a prisão for decretada

Vou me embora pra Miami

De jatinho e que se dane

Volto se for revogada

Com isso, não tenho nada

“Não dão descanso ao bebê!”

E o tolo aplaude o clichê

E continua arriscando

Bet, besta, roletrando

O “tchê tchererê tchê tchê”

Na aposta não dá empate

E é só um quem vai ganhar

Um entra só pra apanhar

Enquanto o outro só bate

E pense num disparate

Um Gusttavo com dois “T”

Cobra um milhão de cachê!

E Tem gente contratando

Bet, besta, roletrando

O “tchê tchererê tchê tchê”

MARCELO VALOIS
Enviado por MARCELO VALOIS em 24/09/2024
Código do texto: T8158750
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