Amar é um Verbo de um Presente Contínuo
Amar é verbo sagrado,
De um presente a pulsar,
Não tem fim, nem tem começo,
É o agora, é o estar.
Não importa o que aconteça,
Segue sempre a caminhar.
Amar é luta e calmaria,
É sorriso e aflição,
É na paz e na tempestade,
Sempre estende a sua mão,
Pois quem ama não desiste,
Carrega o bem no coração.
Não se prende a calendários,
O amor não tem horário,
É o tempo que transcende,
No abraço solidário,
Sem promessa de partida,
Segue firme, é relicário.
Seja num beijo trocado,
Ou num silêncio profundo,
O amor ecoa no peito,
Num sentimento fecundo.
Deixa marcas invisíveis,
É um elo com o mundo.
Amar não pede licença,
Vai entrando devagar,
E, sem que a gente perceba,
Já começa a transformar,
Faz do simples, poesia,
Do banal, faz-se altar.
Presente que não se acaba,
Amar é viver em paz,
Ver nas coisas mais pequenas
Uma grandeza que traz
Esse verbo conjugado,
É o que a alma faz.
Então, viva o amor agora,
Deixe o tempo ser fiel,
Pois amar é correnteza,
Que flui doce, como mel,
Verbo vivo e sempre forte,
Escrito em rima de cordel!