Amar é um Verbo de um Presente Contínuo

Amar é verbo sagrado,

De um presente a pulsar,

Não tem fim, nem tem começo,

É o agora, é o estar.

Não importa o que aconteça,

Segue sempre a caminhar.

Amar é luta e calmaria,

É sorriso e aflição,

É na paz e na tempestade,

Sempre estende a sua mão,

Pois quem ama não desiste,

Carrega o bem no coração.

Não se prende a calendários,

O amor não tem horário,

É o tempo que transcende,

No abraço solidário,

Sem promessa de partida,

Segue firme, é relicário.

Seja num beijo trocado,

Ou num silêncio profundo,

O amor ecoa no peito,

Num sentimento fecundo.

Deixa marcas invisíveis,

É um elo com o mundo.

Amar não pede licença,

Vai entrando devagar,

E, sem que a gente perceba,

Já começa a transformar,

Faz do simples, poesia,

Do banal, faz-se altar.

Presente que não se acaba,

Amar é viver em paz,

Ver nas coisas mais pequenas

Uma grandeza que traz

Esse verbo conjugado,

É o que a alma faz.

Então, viva o amor agora,

Deixe o tempo ser fiel,

Pois amar é correnteza,

Que flui doce, como mel,

Verbo vivo e sempre forte,

Escrito em rima de cordel!

Rafael (sinuqueiro)
Enviado por Rafael (sinuqueiro) em 12/09/2024
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