EM CHIFRE ALHEIO EU NÃO ME METO
Essa parada de chifre
É coisa que não me meto
Cada um com sua cruz
Pois a minha é um graveto
Chifre só traz confusão
Briga de foice é facão
Cheiro de enxofre e sulfeto.
Não tenho pena de corno,
Pois quando foi minha vez
Riam de mim pelas costas
Por mim nada ninguém fez
Quando soube do legado
Me chamaram de abestado
De Zé Ruela e freguês.
Cada qual com sua vida
Cada um com sua dor
Se não deu certo com essa/e
Levante com mais fervor
Cada tampa uma panela
Se não deu certo com ele ou ela
Procure um novo amor.
E não vá pra internet
Chorar a sua cornagem
Crie vergonha na cara
Deixe dessa fuleragem
Pra depois arrependido
Voltar ao amor bandido
Para mim é sacanagem.
Pois corno de Internet
Hoje é o que mais se vê
Então não seja esse corno
É mais feio pra você
Engula o choro calado
Faça igual deputado
E minta isso até morrer.
E quando o mundo souber
Da sua grande desgraça
Já se passou tanto tempo
Que não existe mais graça
Assim não há mais espanto
Não há tristeza nem pranto
Ninguém a ti faz pirraça.
A vida não se acaba
Por causa de um chifrinho
E se não tiver problema
Não complique o seu caminho
Lavou a coisa está nova
Se ninguém viu não há prova
Não faça da cama espinho.
Não vou mais me alongar
Já falei de mais da conta
Se não quiser levar chifre
Presta atenção, não apronta!
Só pra te tranquilizar
Qualquer um pode levar
Esses dois cornos de ponta.
JOEL MARINHO