MINHA QUERIDA PARARI

Bora gente refletir

Escritos do meu viver

Nessa terra Parari

Temos luz pra conviver

Organizar um cordel

Juntar pro grande bedel

Rindo pra sobreviver.

Depois dessa simples rima

Que carrega o nome meu

Eu vou direto pro assunto

O problema já é teu

Vou falar de Parari

Do meu lindo Cariri

Vou contar como se deu.

É necessário que todos

Sempre pensem nessa prenda

O século XVIII diz

Parari já foi fazenda

No próximo XIX

Povoado, tem quem prove

Foi lugar de tanta venda.

No século XX vou

Dizer com sinceridade

Parari já bem crescida

Se torna grande cidade

Pombas foi primeiro nome

Naquele tempo sem fome

Terra de propriedade.

Já foi Distrito de Paz

Depois se tornará Vila

Pombas foi de São João

Do Cariri não mutila

Depois Distrito dos ordeiros

De São José dos Cordeiros

Nas frases de quem desfila.

Pois, tudo teve o seu início

Sítio das Pombas, a base

Dessa fundação antiga

Datada, vejamos a fase

Foi 1709

Documentos que nos prove

E portanto, não se atrase.

Uma capela fora erguida

Dedicada a São José

Nesse São José das Pombas

Já começa pela fé

Um Distrito, porém novo

Daquele sítio pro povo

Na dança do bate o pé.

No dia 15 de novembro

Data da proclamação

1938

Lembramos com emoção

São José das Pombas passa

Ser Parari em grande massa

Em tempos de erudição.

22 de dezembro foi

Naquele 1900

E 61, daquele ano

Transfere seus documentos

Ser Distrito dos Cordeiros

Nessa terra dos cabreiros

Pra viver grandes momentos.

Naquele 1900

E 94 vem

No dia de Tiradentes

Emancipação se tem

Parari não é mais Distrito

No livro estava escrito

Bela cidade do bem.

De São José dos Cordeiros

Parari foi emancipada

Levando muitas histórias

De tanta vida farrapada

Daquele ano em diante

Parari segue avante

Viver despreocupada.

Parari virou cidade

Da Paraíba querida

Pertence ao Cariri

Que lhe deu tanta guarida

De gente que reconhece

Bem distante agradece

O valor que tem a vida.

E terra dos sobrenomes

Dos Caluêtes prefeitos

Também dos Queiroz, dos Aires

Dos Alves, todos eleitos

Pra governar a cidade

Das lutas sem ter maldade

Daqueles benditos pleitos.

O Jairo plantou semente

Tadeu também já plantou

A Solange foi prefeita

Josa também conquistou

Genival Filho com gosto

Segura bem o seu posto

Na gestão que ele gostou.

A Família dos Queiroz

Está nessa Prefeitura

Levando pro município

A nossa boa cultura

No São João, final de ano

Tem gente fazendo plano

Feitos da Legislatura.

A Família Caluête

Dos Queiroz se tornou prima

Aires e Alves na gênese

A gestão fica de cima

É berço familiar

Partido pra filiar

Pra temperar esse clima.

Caluêtes e Queiroz

Nos viés da Prefeitura

Os primos e primas fortes

Numa gentil compostura

Família se revesando

Quem ganha administrando

Pro povo ter mais cultura.

Quem passava em Parari

Lembrava como chegar

Estrada toda de barro

Pra toda poeira pegar

Passando dentro do rio

Peixe nenhum dava pio

Pouca água pra entregar.

Hoje nós temos estrada

Asfalto por toda via

O sufoco do passado

Que naquele tempo havia

Hoje fazemos entrega

Rapidez, ninguém renega

É tudo que se previa.

Prevendo futuro bom

Pra toda comunidade

Desde os tempos de Seu Jairo

É mais que realidade

Nos tempos de Genival

Tem bloco de carnaval

A vagar toda cidade.

As mulheres, companheiras

São devotas das ladainhas

Na fala de seus maridos

Todas elas são madrinhas

Pequenos que nasciam

Elas todas benziam:

- Benção Comadre Nevinha.

Esta mulher tão guerreira

Sabendo do seu valor

Caminha pela cidade

Neste sol que dá calor

Abençoando afilhados

Muitos deles já formados

Com farda de tricolor.

As nobres primeiras damas

São por demais respeitadas

Valorizando a cidade

Em eleiçôes disputadas

Resgata nossa memória

Nos tempos da palmatória

Por todos foi conquistada.

Parari é um encanto

Que nos faz querer tão bem

É lugar que dá saudade

De todo mundo que vem

Quem chega fica feliz

Apreciando a matriz

De tudo belo que tem.

Hospitalidade séria

Parari tem seu destaque

Pessoas que vão sorrindo

Com o seu lindo sotaque

Falando dos seus mistérios

Sem tocar nos impropérios

Pra nunca levar um baque.

Sua economia é

Mandioca refeição

É predominantemente

Do milho tem produção

De feijão é produtora

É terra de professora

No campo da educação.

Parari é agricola

Terra de transformações

Nesse desenvolvimento

Das famílias tradições

Rica e diversificada

Bela cidade tão amada

Por todos os corações.

Os eventos culturais

Na colheita de quem planta

São João, São Pedro vem

Depois da Semana Santa

Trazendo tanta alegria

Na terra da poesia

Onde o povo se encanta.

Os pratos da Região

Tem galinha de capoeira

Feijão preto, muitas carnes

Feijoada de primeira

Tem cachaça artesanal

Da cana tradicional

Culinária brasileira.

Artesanato de barro

De madeira, de tecido

Parari é lugar de arte

Desse povo aguerrido

Dos seres acolhedores

Lugar de trabalhadores

Deste Torrão tão querido.

Parari tantas histórias

Dessas grandes travessias

Rios que transbordavam

Gente dentro das bacias

Oh! Parari do progresso

Terra de grande sucesso

Dos amores e das folias.

Natureza exuberante

Nesta terra mais que bela

Parari nasceu distrito

Pintado numa aquarela

Solto fogo de artifício

Pra esse grande município

Pra gravar na minha tela.

FIM

João Pessoa-PB, 31 de agosto de 2024.

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 31/08/2024
Reeditado em 15/09/2024
Código do texto: T8141174
Classificação de conteúdo: seguro
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