A IGREJA DA CORRUPÇÃO

O título já diz tudo

Igreja da corrupção

Situada na fazenda

Daquele pastor ladrão

Que roubava seus fiéis

Em qualquer ocasião.

Igreja da Tradição

Tanto devoto rezava

Pagando todos pecados

Quem tinha grana salvava

Quem não tinha só se sabe

Que toda vez se lascava.

O Pastor Zé Caçapava

Mentia de fazer dó

Contava tanta mentira

Pra cabeça dá um nó

Mama nas tetas alheias

Cheirava lenço de pó.

Certo dia Zé Bocó

Desconfiou do pastor

Disse que sua mulher

Dele nunca que gostou

Foi simbora para longe

Verdade nunca contou.

O pastor fama pegou

Naquela vil redondeza

Ainda vivia solteiro

Mesmo com toda riqueza

Tinha casas numa vila

Pra cobrar tinha brabeza.

Fala com voz de leveza

Enganando seus fiéis

Mentindo faz o sucesso

Praqueles más coronéis

Que diz ter sido formado

Com diversos bacharéis.

Cantando com menestréis

Poeta se desespera

Gritando pra toda gente

Mas este pastor impera

Seus seguidores são tantos

Que logo se tornam fera.

Nenhuma mente sincera

Tem ali desconfiança

O pastor é da família

Tratado como criança

O povo ver no pastor

A tão gentil esperança.

É gorda sua poupança

Grana limpa dos fiéis

O pastor tem o domínio

De fazer outros cruéis

Vestindo seu paletó

Na fábrica dos pastéis.

Proteção dos coronéis

Na reza cotidiana

Com sua simplicidade

Tanta gente bebe cana

Devotos endividados

Pastor ladrão só engana.

O pastor que é sacana

Bota é pra destruir

Rouba dinheiro do povo

Só quer mesmo possuir

Faz da Bíblia seu jargão

O pastor só faz mentir.

As igrejas corrompidas

Existem nesta cidade

Pastores são depravados

Não visam contar verdade

Andam só perambulando

Buscando mais a maldade.

A nobre por nome Mama

Vive colhendo dinheiro

Mentindo para fiéis

Num tiro que é certeiro

Contando tantas bobagens

Do livro mais verdadeiro.

O pastor Zé Forasteiro

Vive da depravação

Come dinheiro da vila

Com juros e correção

Igrejas que são corruptas

Lavam pés na procissão.

O templo da maldição

Tem culpa falso pastor

Andando com humildade

Causa tanto dissabor

População nem pensar

No roubo que já passou.

De tanto roubo lucrou

Aquele pastor ladrão

Um forasteiro bandido

Que se tornaram padrão

Fez profundo mal pro povo

Nas conversas de Pedrão.

Pedrão era um devoto

Daquela pobre igreja

Um corrupto de mão cheia

Destes que ninguém deseja

A igreja virou um bordel

Deus do céu que te proteja.

Encontrado morto na casa

Onde Pedrão habitava

Uma morte que tem o pastor

Que há tempo já palpitava

Matar aquele senhor

Que da verdade gostava.

Esse pastor tinha morte

Nas costas que encobriam

As chacinas foram tantas

E todos dali já sabiam

Quem era o assassino

E os jornais já descobriam.

A igreja bem arrumada

Mas desarrumada de ética

Um pastor sem cabimento

De vida bastante patética

Os devotos tão inocentes

Lhe chamam de vida atlética.

Vida atlética pode até ser

Mas suja sempre as mãos

Pelo poder do dinheiro

E dos roubos nos cidadãos

Este pastor tem que ser preso

Por causar tanta corrupção.

A milícia daquele lugar

Dá proteção pro pastor

Recebe uma boa mesada

Que compram até trator

A cada dia que se passa

Sofre no céu o Redentor.

A cidade parou no tempo

Com a igreja do tormento

Políticos de toda classe

Não fazem um movimento

Pra denunciar o pastor

De péssimo envolvimento.

A polícia também faz parte

Dessa grande armadilha

O pastor é beneficiado

E a pastora sua filha

O roubo é cada vez maior

Tem gente dono de ilha.

Este dono é o pastor

Descoberto pelos jornais

Estes de oposição

De verdades carnais

Foram fundo nas notas

Sem nota nos bornais.

Igreja sem ter valor

Vive roubando do povo

Dizendo que tem o céu

Não se ver nada de novo

Pegando carnes dos pobres

De volta só traz um ovo.

O pastor vive zombando

De quem quer denunciar

Explora todas as meninas

Ninguém quer presenciar

Tem dinheiro todo mês

E sempre quer financiar.

Comprando carro de luxo

Faz festa pro pobre fiel

O pagamento mensal

Quem controla é Miguel

Numa zona sem ter fim

Vai direto pro motel.

Candinha toda bonita

Que veio lá do Sudeste

Se meteu com o pastor

E não teve quem conteste

Ficou buchuda de dois

E parou nesse Nordeste.

Pastor de mesma cabeça

Não muda no pensamento

Um defendido por todos

Em qualquer envolvimento

Importante é o dinheiro

Este é o sentimento.

Tive que saber quem era

Um profundo salafrário

Fui logo naquele templo

E vi seu gordo salário

Na lavagem de dinheiro

tem medo no consultório.

O pastor é intocável

De Deus é bem protegido

Na terra tem os devotos

É o povo mais ungido

Se veste de paletó

Para não ser constrangido.

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 09/08/2024
Reeditado em 17/08/2024
Código do texto: T8125565
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