Maria voltou!

Na vila pequena e pacata,

Vivia uma jovem formosa,

Com olhos que brilham prata,

De voz suave e carinhosa.

Seu nome era Maria,

E tinha um coração bondoso,

Mas seu destino, quem diria,

Seria tão doloroso.

Casou-se com João, um homem rude,

De gênio forte e sombrio,

Que transformou seu amor em mude,

E encheu seu lar de frio.

Um dia, num ato vil e cruel,

João tirou-lhe a vida,

Era amargo feito fel,

Numa tragédia sem medida.

Maria, então, partiu,

Seu corpo à terra entregou,

Mas sua alma não dormiu,

E no além se levantou.

Voltou como espírito rancoroso,

Com olhos de fogo e dor,

Buscando um fim rigoroso,

Para o traidor e opressor.

Nas noites de lua cheia,

Pelas ruas ela passava,

Sua presença era centelha,

Que o vilão apavorava.

João sentia um arrepio,

Ao ouvir seu lamento no vento,

E o medo enchia o vazio,

De seu sombrio pensamento.

Maria, em sua vingança,

Não deixava descanso ao algoz,

Cada vez mais a esperança,

Desaparecia em sua voz.

Até que numa noite escura,

João, já sem mais defesa,

Caiu de joelhos na amargura,

Pelo peso de sua fraqueza.

A vila, enfim, sossegou,

Com a justiça restaurada,

E Maria, enfim, descansou,

Com sua alma apaziguada.

E assim termina a história,

De Maria e sua vingança,

Que trouxe de volta a glória,

E a paz àquela vizinhança.

Jhonnathan Pereira
Enviado por Jhonnathan Pereira em 03/08/2024
Código do texto: T8120986
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