CORDEL DA BRINCADEIRA
Um certo moço tristonho
Sofrendo por uma paixão
Abandonou o emprego
Vivia sem um tostão
Andava se embriagando
Dormia até no chão.
Sem ter mais animação
Chorava de alma nua
Pegava a sua viola
Cantava no meio da rua
Dizia que sua paixão
Agora seria a Lua.
Quem passava por ali
Seu canto apreciava
Um verso e um gole
O moço assim declamava
E o tempo foi passando
Ele só se embriagava.
Certo dia desapareceu
Não se houve mais falar
Ele tomou um rumo
Sua vida vai mudar
Ou se embriagou de vez
No mato foi se isolar.
Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil