A POLÍTICA BRASILEIRA (parte 2)

1

Tem dizerem que é mentira,

Vai pegando como sujeira,

Não adianta lavar,

Com força com queira,

São coisas que se dizem,

Vai envenenado o pensamento,

As pessoas vão ficando,

Sem um pingo de discernimento

2

“Política é do diabo”

Coisa ruim pra gente,

Nada presta por causa disto,

Afirma o impenitente,

Que mentira deslavada,

Usam isto para amedrontar,

Pra tirar pessoas serias,

Pra poder se candidatar.

3

“Política é muito suja”,

Outra desculpa deslavada,

Dizem que todos que entram nela,

Caem na mesma cilada,

Complementa assim também,

Só tem ladrão indecente,

Não sobre um que presta,

A vida é decadente.

4

“Político sempre vai roubar”.

É outro dizer penitente,

Por isto vamos aproveitar,

Pegando algo sem precedente,

Assim que o eleitor vende,

Seu voto por valor real,

Um tenta enganar o outro,

Depois não tem moral.

5

Vamos começar rebater,

Política não é do Diabo,

É uma desculpa deslavada,

Para afastar o avoado,

Cuidar de pobres, querer sanar,

Saúde, educação e rede de esgoto,

Não são coisas ruins,

Advinda do Capiroto.

6

Nem todo político é sujo,

Lembre-se dos dedos da mão,

Não são todos iguais,

Vamos relembrar então,

Na Bíblia tinha José do Egito,

Tornou-se vice-presidente,

Nem época difícil,

Em um país emergente.

7

Também tinha Daniel,

Um dos ministros da Realeza,

Foi fiel até o fim,

Quase foi pra malvadeza,

O Rei foi à cova do leão,

Ciente que Deus Livraria,

Daniel da maldição.

8

Tem ainda outros políticos,

Com Reis, Rainhas, governadores,

Também sr Lorival, Cido do Neto,

Gente viva nos bastidores,

Nem todo politico é sujo,

Isto é uma besteira,

Pra que se fale mal de todos,

Nesta grande asneira.

9

“Todo político vai roubar”

É uma enganosa ladainha,

Mas “todo mundo é muita gente”,

Como diria a mãe minha,

Não porque é a maioria,

Dos políticos Caráter não têm,

Que vamos rotular todos,

Nesta ciranda de vai e vem.

10

Como vimos, tem muita mentira,

Nesta política e tal,

Mas tem uma verdade,

Neste ciclo surreal,

O político sai do povo,

Que é seu reflexo ciente,

Se o político é mal,

Ele é um espelho eminente.