Poeta cozinheiro
Sou poeta e cozinheiro
Mas não sou o maioral
Tem vez que apanho da pena
Ou me atrapalho com sal
Só sei que nas duas artes
Se estudar, serei o tal
Mas me viro como posso
Esforço-me pra aprender
Quem sabe meu Deus, quem sabe
Possa um dia absorver
Sabedoria dos mestres
Se fizer por merecer
Hoje fiz siri catado
Lá no forno do fogão
Uma peleja de rimas
Disputei com um irmão
Fiz também o meu cordel
Fiz trovinhas e trovão
Essas coisas que me encantam
Eu repito todo dia
Na cozinha tem receitas
Na bancada só poesia
Melhor tempero é o amor
No versejar, a alegria.
Salvador/BA, 24/7/24,