O valor da saudade...
... na poesia de Marcílio Pá Seca Siqueira, de Jesus de Ritinha de Miúdo, de Marcos Medeiros e de Chico Potengy:
Quando olho seu canto em nossa cama
Que reparo seu canto está vazio
O meu corpo sem febre sente frio
O meu sonho amoroso vira drama
Sem seu corpo fogoso, minha chama
É tacanha, gelada, fraca e injusta
Pode ter outra dama, bela e justa
Mas igual minha dama desconheço
"É PRECISO PERDER QUEM NÃO TEM PREÇO
PRA SABER A SAUDADE QUANTO CUSTA."
Glosa Marcílio Pá Seca Siqueira
Mote Natan Medeiros.
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Não lhe dei o valor que era devido
E por falta da minha experiência
Ofertei um amor com negligência
No mercado do peito corrompido.
Não podia jamais ter lhe perdido
Por ações que minh'alma jamais susta
Pois no caixa do tempo não se ajusta
Uma venda mal feita pelo avesso
"É PRECISO PERDER QUEM NÃO TEM PREÇO
PRA SABER A SAUDADE QUANTO CUSTA."
Glosa de Jesus de Ritinha de Miúdo
Mote de Natan Medeiros.
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Um amor com valor inigualável,
Ninguém pode, de fato, aquilatar.
Quem pensar que por ele vai pagar
Vai ficar no limite do improvável.
Não será nem sequer financiável,
Mesmo que haja proposta talvez justa,
De pessoa de bem, até augusta,
Que tiver a mansão como endereço,
"É PRECISO PERDER QUEM NÃO TEM PREÇO
PRA SABER A SAUDADE QUANTO CUSTA."
Glosa de Marcos Medeiros
Mote de Natan Medeiros.
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Eu estou numa fase onde recordo
Um bom tempo de acontecimentos
E me vejo perdido em pensamentos
Que de um sonho parece que acordo.
Em um ponto reflito, e concordo
Por um ato que até hoje me assusta
Confessando estarei de "saia justa"
- Mas eu quero esquecer, pois não mereço -
"É PRECISO PERDER QUEM NÃO TEM PREÇO
PRA SABER A SAUDADE QUANTO CUSTA."
Versos de Chico Potengy
Mote Natan Medeiros.