Réquiem para um Poeta

Quem parte pra eternidade

Não lembra do seu passado

Que agora tem transitado

Para outra sociedade

Por aqui deixa saudade

Do repente e seu baião

Se o cordel foi o seu chão

Sobrevive a sua meta

Morre o corpo do poeta

Mas o seu legado não.

 

A matéria é perecível

A essência é infinita

A inspiração levita

Atingindo um novo nível

O corpo fica invisível

Não faz mais rastros no chão

Voa a alma em direção

Para alegria completa

Morre o corpo do poeta

Mas o seu legado não

 

Gosto de homenagear

O poeta enquanto vivo

Contudo nunca me privo

De quem já se foi falar

Se foi um vate exemplar

Aí que não abro mão

Eu faço estrofe e refrão

Mas uma glosa seleta

Morre o corpo do poeta

Mas o seu legado não.

 

Salvador, 13/7/24,

Jessé Ojuara, (Glosa3), Zilmar de Souza (Mote), Silvano Lyra (Glosa 1) e Araquém Vasconcelos (Glosa 2)
Enviado por Jessé Ojuara em 13/07/2024
Código do texto: T8106099
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