A SERRA DE AREIA SUBIMOS

Em dois mil e vinte e quatro,

Aos 6 de julho, partimos,

Eu e a minha esposa,

Para o brejo seguimos.

O sábado estava chuvoso;

Em um dia remansoso,

A serra de Areia subimos.

Rodrigo estava esperando

Pela nossa chegada.

Ao entrar nesta cidade,

Na padaria enfeitada,

Tomamos aquele café

Para depois ir a pé

Caminhando na calçada.

Pelo Theatro Minerva

Iniciamos o passeio.

Um teatro imponente,

Foi primeiro um Recreio,

Se tornando um teatro

Em mil novecentos e quatro.

Antes, um cinema veio.

Rodrigo Santos guiou

O nosso passeio em Areia.

Paramos em uma praça,

Beleza que se permeia,

De nome Dr. Cunha Lima.

O personagem acima

Foi importante na aldeia.

Vimos um belo obelisco

Instalado em uma praça,

Com o nome 3 de Maio,

Que, na placa, entrelaça,

Dizendo ser a primeira

Que virou cidade inteira

Na Paraíba que abraça.

Seguimos a passear

Nesta cidade do frio,

Fotografando os prédios,

Gostando do desafio,

Respirando nossa história,

Registrando na memória

O histórico casario.

Dando continuidade

À nossa visitação,

Adentramos em uma casa

Que me chamou atenção.

Casarão José Rufino,

Mostrando o aglutino

Na época da escravidão.

Antes, a ele pertenceu

Ao Jorge Marinheiro.

Já foi casa de comércio

E, por problema financeiro,

Vendeu a José Rufino,

Modificando o destino.

Foi almoxarifado e celeiro.

Podemos presenciar

A parte triste da história:

Nas senzalas urbanas,

De forma discriminatória,

Onde os escravizados

Ficavam aterrorizados

De forma condenatória.

Na Casa de Pedro Américo,

Que hoje é um museu,

Encontramos preservada

A casa onde ele nasceu.

Poeta e romancista,

Político e cientista,

Filósofo também se deu.

A nossa próxima parada

Se deu na universidade,

Escola de Agronomia

É o orgulho da cidade.

No Museu da Rapadura

Presenciamos a cultura

Deixada à posteridade.

No campus da UFPB

Seguimos o nosso plano:

Centro de Ciências Agrárias,

Museu do Brejo Paraibano,

Presenciamos utensílios,

Pilão, balanças, auxílios,

Móveis, potes e panos.

Depois, fomos a um engenho

Na zona rural de Areia.

Vimos a cachaça feita,

A produção estava cheia.

No Engenho Bujari,

Todos que trabalham ali

Têm orgulho em suas veias.

Nestas terras de Areia

Há um relato que ensino:

Esteve por diversas vezes

O cangaceiro Antônio Silvino.

Ora esteve descansando,

Ora tiros estava trocando,

Debaixo de sol a pino.

Após horas de andança,

Paramos para almoçar.

O Matuto Adaptado

É o nome do lugar,

Um restaurante arretado.

Deixei a fome de lado,

Me prestei a devorar.

Agradecemos a Rodrigo

E sua filhinha Beatriz,

Deixando o nosso abraço,

Retorno querendo bis.

Agradecemos a acolhida,

Este cordel ratifica:

Foi com carinho que fiz.

Por Vandilo Brito ao amigo e Confrade do Borborema Cangaço Rodrigo Santos, pela acolhida que nos deu (a mim e minha esposa) durante nossa passagem na Villa Real do Brejo de Areia (atual Areia/PB) em 06 de julho de 2024.

Em 08/07/2024.

Vandilo Brito
Enviado por Vandilo Brito em 08/07/2024
Código do texto: T8102645
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.