Vislumbre da Infância Divina

Sonhei com Jesus menino

Amigo de infância, lá presenciava

Com cinco anos já pequeno

A todos ele encantava

Suas habilidades divinas

Por onde brincava, ensinava

Moldava com mãos de barro

Pardais e outros animais

Peixinhos, borboletas

Pra alegria dos seus iguais

Eu e a turminha em volta

Esperando a magia ver

Risos e aplausos

Aplaudiamos o seu tecer

Nas tardes de sol ardente

Riachos ele encantava

Piscinas cristalinas

Com palavra purificava

Água fresca e perfeita

Para o banho refrescante

Nós nos banhavamos

Num deleite constante

Nos campos a passear

Flores brotavam ao toque

Nós crianças competiamos

Quem veria o maior milagre

Cada flor um esplendor

Exclamações de alegria

Com Jesus ali por perto

Tudo se enchia de magia

No esconde-esconde, sumia

Invisível ou bem guardado

Nossa turminha o buscava

Sempre num lugar inusitado

Com sorriso travesso

Reaparecia o menino

Transformando a brincadeira

Num momento divino

Caso um de nós se machucasse

Jesus vinha nos consolar

Com toque suave e bênção

Feridas fazia sarar

Cortes e arranhões

Desapareciam ligeiro

Assim voltávamos

A brincar sem desespero

Sentados ao seu redor

Histórias ele contava

Personagens ganhavam vida

E conosco brincava

Cenários que se moviam

Palavras que encantavam

Com Jesus narrando

Todos os sonhos se realizavam

No sábado, brincar e fazer

Milagres era controverso

José explicava à aldeia

Que o amigo era diverso

Feitos puros e bons

Era o que ele realizava

Mesmo em dia sagrado

Seu poder se mostrava

Maria e José zelosos

Admiravam e cuidavam

Com orgulho e preocupação

Os milagres observavam

O filho especial

Com bondade e poder

Desde a infância moldava

Seu caminho a percorrer

Essas brincadeiras e feitos

Revelaram-me o Jesus menino

Cheio de amor e magia

Desde o início, genuíno

Seus gestos simples e infantis

Já traçavam seu destino

Moldando o mundo ao redor

Com o toque do divino

Decimar da Silveira Biagini

Poema metafísico

20 de junho de 2024

Despertar das 04h30