À memória de Chico Anysio (1931-2012)

Eu estava, ainda há pouco, na cadeira do dentista, quando avistei um carcará sobrevoando o Edifício Barão do Rio Branco., centro de Natal (RN). Ele estava em busca de seu “café da manhã”, pois há muitos pombos circulando por ali. Dei uma olhada e vi vários sobre os telhados vizinhos-alguns até "namorando". Dei um zoom com minha máquina fotográfica Canon e lembrei de uma poesia, declamada por "Roberval Taylor" - que tenho guardada a sete chaves, desde o inicio dos anos 90 . Diz assim:

Um pombo observou

Bela pomba na calçada

E dela se aproximou

Pra tentar um "jogada".

- Como é que é, gente fina!

Vê-se que o pombo se amarra

- Vamos gastar gazolina, dando

Uma volta na Barra?

A pobre pomba, inocente

Foi no fusca do pombaço

E só voltou no nascente

Com cara de fiz, e faço.

Passou um mês, outro mês

Mas três meses se passaram

E os meses chegaram a seis

E até os nove chegaram.

Daquela noite de farra

Que varou a madrugada

No passeio pela Barra

Virando um barra pesada.

Pobre pombinha, Felícia

Pomba outrora comportada

Do pombo, nem tem notícia

E espera uma pombada.

Roberval Taylor (Chico Anísio)

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Chico Potengy
Enviado por Chico Potengy em 17/06/2024
Reeditado em 17/06/2024
Código do texto: T8087422
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