Amazônia, Insônia do Mundo!

Entre as matas e os rios

Com grande diversidade

Existe um grande bioma

Numa total equidade

Convivendo fauna e flora

Onde toda vida aflora

Dado à naturalidade

Um frondoso arvoredo

Que se estende no horizonte

Por entre vales e serras

Uma selva exuberante

Presente da natureza

De majestosa grandeza

De beleza estonteante

No Brasil a Amazônia

Desperta as atenções

Na América do Sul

Entre as nove nações

Para a região imensa

De uma floresta densa

Com riqueza aos milhões

A boa gastronomia

Merece toda atenção

O Pato no tucupi

Que é a grande atração

Lembro aqui o tacacá

Delícia melhor não há

Com jambu e camarão

Comidas bem saborosas

Vale muito conhecer

Com os melhores temperos

Que dá gosto só em ver

Nas feiras e nos mercados

Restaurantes renomados

Dará prazer em comer

Folhas verdes da maniva

Cultivada ao relento

Vem daí a iguaria

Após longo cozimento

A maniçoba gostosa

Nutritiva e saborosa

Delícia de alimento

Paladares da Amazônia

Que tem em cada lugar

Na mansão ou na cabana

São fáceis de encontrar

No restaurante ou na feira

Alimento de primeira

Para se saborear

De frutas bem tropicais

Uma grande exuberância

Graviola e o cupu

Bacaba em abundância

São frutos inigualáveis

Sabores incomparáveis

São de grande importância

Ressaltando o açaí

A castanha do Pará

Há quem diga “do Brasil”

Também o taperebá

O afamado bacuri

E um gostoso murici

Por aqui encontrará

Do cacau na Amazônia

Eu aqui faço a menção

A região se destaca

Pela grande produção

Face ao investimento

Buscando melhoramento

Com benéfica expansão

Muitos mistérios se escondem

Na grande mata fechada

Existe a lenda do boto

Que em noite enluarada

Se transforma num rapaz

Muito belo e sagaz

Em busca de namorada

Por medo do encantamento

Os ribeirinhos na ação

Ao proteger suas filhas

Temendo a sedução

Por causa daquele moço

Que causa grande alvoroço

Se põem em prontidão

Quem anda pela floresta

Fica bem ressabiado

Pelo temor da Iara

Lá no meio do roçado

Tem ainda o Boi Tatá

Que aparece por lá

Rondando sempre ao lado

Conhecer o peixe-boi

É encher-se de emoção

Também o pirarucu

Dos rios a atração

Podemos ter a certeza

Belezas da natureza

Grandeza da criação

A planta vitória régia

Nativa, ornamental

Símbolo da Amazônia

É um lindo vegetal

Sobre as águas flutuando

O ambiente enfeitando

É algo fenomenal

Os seus rios sinuosos

Penetram na imensidão

São estradas na floresta

Barcos que vêm e que vão

Transportam todos os dias

Pessoas, mercadorias

Seja inverno ou verão

Atende os ribeirinhos

Chegando em cada cidade

E lugarejos distantes

Com grande capacidade

E das características

São eles protagonistas

Da sustentabilidade

O maior dos vegetais

Recentemente encontrado

É o angelim vermelho

Imponente em seu reinado

Junto as árvores enormes

Desponta entre as maiores

Que convivem ao seu lado

Outras árvores gigantes

Merecem ser destacadas

Com ajuda de satélites

Vão sendo localizadas

Sumaúma e castanheira

Na Amazônia brasileira

Muitas são catalogadas

Mas a colossal floresta

Está sendo ameaçada

Sofrendo alterações

Constantemente atacada

Pelas transformações drásticas

Também mudanças climáticas

Pela mídia anunciada

O povo da Amazônia

Vive tempos de incerteza

Um desastre natural

Que lhe traz muita tristeza

Vendo em cada novo dia

Aumentar a agonia

Por ação da natureza

É bem triste o cenário

De tanta desolação

Ver-se o solo rachando

Com a grande sequidão

Das queimadas a fumaça

Para saúde a ameaça

Difícil a situação

Uma grande estiagem

Na Amazônia perdura

Influência do El niño

Que o clima desestrutura

E do homem pela ação

Que mantem por tradição

De queimadas a cultura

E todo ecossistema

Vai sendo prejudicado

Cada ser vivo da mata

Ficando ameaçado

Pelo excessivo calor

Não terá vida se for

O habitat devastado

Enquanto o meio ambiente

Sofrer grande influência

Do mau uso dos recursos

Veremos a consequência

Com mudança repentina

Nas alterações do clima

Por falta de consciência

Com a escassez da chuva

Como se ver no sertão

Sofre muito o ribeirinho

É grande a desolação

Dos povos originários

Sem rendas e nem trabalhos

Pela secura do chão

Onde se via fartura

Hoje tem calamidade

Rios secos, pouca chuva

É essa a realidade

O planeta está doente

E a Amazônia sente

Cruel a grande verdade

Pela exploração sem freio

A mata é devastada

Para a plantação de grãos

Com a terra toda arada

Os rios saem dos leitos

Cheios de terra e rejeitos

Com a água assoreada

Cada dia mais difícil

Se torna a navegação

Pelos rios e canais

É triste a constatação

Com os barcos encalhando

Os mantimentos faltando

Padece a população

Novos bancos de areia

Aparecem todo dia

Com o baixar das águas

Dificulta a travessia

De barcos de grande porte

Prejudicando o transporte

O fato se evidencia

Onde havia muita água

Hoje não existe mais

A expansão de garimpos

Muitos deles ilegais

Faz grande destruição

E causa a extinção

De grandes mananciais

Estudiosos da terra

Há tempos vêm alertando

Vamos cuidar do planeta

E o tempo vai passando

Mas muito pouco é feito

E toda ação tem efeito

E o clima vai mudando

Muitas batalhas travadas

Pela conscientização

Para o bom uso da terra

Sem total destruição

Se vidas foram perdidas

Jamais serão esquecidas

Pelo exemplo e ação

As florestas e nascentes

Estão sendo dizimadas

Para criação de pastos

Para engorda de boiadas

Ou para a germinação

De todo tipo de grão

Por empresas exportadas

Grandes áreas desmatadas

Para a exploração

Dos recursos minerais

E essa degradação

Afeta o meio ambiente

E com ele toda gente

Que sofre por essa ação

Através de seus projetos

Conglomerados de empresas

Investem muito dinheiro

Constroem grandes represas

Em troca de energia

E o ambiente vicia

O que não causa surpresas

Existem alternativas

Para energia gerar

E dentre as principais

A energia solar

Merece mais atenção

De simples manutenção

Bem fácil de instalar

Sobre a seca severa

Será breve a duração

Pois ao chegar o inverno

Choverá na região

O que hoje é tristeza

Se tornará em beleza

E os rios encherão

O mundo todo de olho

Nessa nossa região

Existem algumas ONGS

Falando em preservação

Há quem diga que é no ouro

Ou em cada um tesouro

O que tem por atração

Além do ferro abundante

Na Serra dos Carajás

Que junto ao manganês

Minérios que aliás

Deixam em contrapartida

Degradação desmedida

E destruição por trás

Naturalmente existem

Certas facilitações

Permitindo ao estrangeiro

Promover expedições

E nem sabemos por certo

O principal objeto

De tantas dessas missões

Alguns são possuidores

De aval governamental

Ao se apossarem de terras

Para uso habitual

Iniciando o processo

Proibindo até o acesso

De quem mora no local

São muitos os estrangeiros

Pela selva instalados

Fazendo as suas pesquisas

E obtendo resultados

O Brasil sofre de insônia

Os tesouros da Amazônia

Sendo contrabandeados

“S O S” Amazônia

Suas plantas e animais

Pois em nome do progresso

A saqueiam sempre mais

Alguns fingem defender

Mas deixando irão vender

Por ganância e nada mais