O Poeta
Autor: Antonio Barbosa
Ser poeta é um dom
Não precisa de professor
Não precisa ser doutor
Não precisa ser letrado
Não precisa ser abastardo
É uma dádiva Divina
Pra seguir com a rima
Dada por Nosso Senhor
O poeta vê as coisas
De maneira diferente
Não fica preso a corrente
Não se deixa levar
É decisivo ao se expressar
Lírico, épico ou dramático
Vai além do sistemático
Ao definir seu repente
Na tristeza ou alegria
Um poema ele faz
A ideia não deixa pra traz
Toda hora escrevendo
No vocabulário mexendo
Montando o quebra-cabeça
Para que não desapareça
A inspiração que o satisfaz
Lampejos vêm da natureza
De apreciar o entardecer
De sentir o amanhecer
De olhar os pássaros voando
Dos sabiás cantando
Das árvores em flores
Da beleza das cores
Do arco-íris que se ver
Do cotidiano das pessoas
Das crianças brincando
Do casal festejando
Do momento vivido
Do desejo sentido
Do sol, lua e mar
Em qualquer lugar
Vai estar observando
Gosta de expressar
Sua obra, sua arte
Cada uma em sua parte
Não importa se vai ser vista
Se vai ser capa de revista
Se vai ser o primeiro
Se vai ganhar dinheiro
Se vai ao estandarte
Leva uma vida simples
Vive de um jeito singular
Faz do seu dia um cantar
O mundo uma fotografia
De transmitir nostalgia
Do nascer ao pôr do sol
Seu verso é arrebol
No vai e vem do mar
Na Grécia Antiga
O poeta era o noticiário
Um artista no cenário
As pessoas iam à praça
Ficavam em estado de graça
Todos paravam para ouvir
O que ele ia transmitir
De modo extraordinário
Desde que o homem é homem
Que a poesia nasceu
Não sei como aconteceu
De maneira histórica
Diz a linguagem metafórica
No Brasil há registro e fatos
Foi com Gregório de Matos
Que o verso floresceu
Neste belo universo
De cultura popular
Também vou me engajar
Umas rimas fazendo
Pra você vou dizendo
Sou Antonio Barbosa
Faço verso, faço prosa
Sou poeta potiguar