Estórias de arrepiar...
O Poeta Felipe Amaral criou o mote e escreveu a décima:
Rasga-mortalha que voa
No escuro do firmamento,
À noite, um canto agourento,
Por cima da casa, entoa.
Triste daquela pessoa
Que escuta a sua canção,
Que dá até a impressão
Que a ave arranha o telhado.
"Meu mundo é mal-assombrado
Pelas lendas do Sertão."
Em 1° de junho de 2024, o poeta Chico Potengy, escreveu sobre o mesmo mote:
Nos tempos da meninice
Vivendo noutro lugar
Ouvia o povo contar
Tudo o que era crendice
Para mim, uma tolice
Estórias de assombração
Mas jamais eu abri mão
De um causo bem contado
"Meu mundo é mal-assombrado
Pelas lendas do Sertão."
Já Jesus de Ritinha de Miúdo, recebendo o trabalho acima de Chico, devolveu-lhe os seguintes versos:
Naquela curva fechada
De branco toda vestida
Perdeu precoce a vida
A noiva recém casada.
À noite na mesma estrada
Seu vulto na escuridão
É visto dando com a mão
Num aceno desesperado
"Meu mundo é mal-assombrado
Pelas lendas do Sertão."
E depois de tudo pronto, chegou o poeta Paulo Gilberto Morais trazendo seus versos:
Eu senti um arrepio
Com a história contada
Da noiva recém-casada
Que muito cedo partiu
Outro caminho assumiu
Acenando com mão
No meio da escuridão
Só se ouvia o seu brado
"Meu mundo é mal-assombrado
Pelas lendas do Sertão".
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