VIVA A REVOLUÇÃO!... OU NÃO?
Essa página da história,
Máquinas a trabalhar,
Revolução Industrial,
Começando a se espalhar,
Na Inglaterra ela surge,
E o mundo todo urge,
Para o progresso abraçar.
Os campos perdem força,
A indústria toma lugar,
Nas cidades novo ritmo,
O vapor a comandar,
Nas fábricas as jornadas,
Muitas vidas ali ceifadas,
Num labor sem descansar.
O carvão vira riqueza,
Movendo a grande nação,
Locomotivas apressadas,
E o aço em produção,
O mundo maravilhado,
O avanço acelerado,
Da nova transformação.
Mas o progresso tem custo,
A exploração sem fim,
As mulheres e crianças,
Num trabalho tão ruim,
São nas minas e nas fábricas,
Condições deveras drásticas,
Tristeza do início ao fim.
Os teares mecanizados,
Mudam toda a produção,
Têxteis feitos em escala,
Ritmo sem compaixão,
E os artesãos sem espaço,
Sem poder achar seu passo,
Nessa configuração.
Urbanização crescente,
Formam um triste retrato,
Londres, Manchester, Birmingham,
São exemplos de destrato,
Poluição toma conta,
E a saúde se desmonta,
No ambiente de maltrato.
As condições são precárias,
Nas fábricas e nos lares,
Sem direitos, sem descanso,
Servidores basilares,
Formam-se os sindicatos,
Para através de atos,
Erigir novos pilares.
Os luditas vão à luta,
Surge uma grande revolta,
Quebrando tudo que encontram,
Sua resistência exorta,
Mas a repressão é forte,
Muitos enfrentam a morte,
Numa luta sem escolta.
Segunda Revolução,
Vem com novas invenções,
Eletricidade e aço,
Transformam todas nações,
Com a luz a iluminar,
E o telefone a tocar,
As novas revoluções.
Henry Ford e sua linha,
Produção em massa faz,
Automóveis vem em série,
Uma ideia eficaz,
Modelo T surge então,
Move a população,
A indústria se refaz.
A ciência avança junto,
Com química a despontar,
Novos materiais surgem,
Para o mundo transformar,
Medicina à construção,
Tudo tem a evolução,
O futuro a moldar.
Os direitos trabalhistas,
Luta árdua a conquistar,
As leis regulamentadas,
E um salário a melhorar,
Leis de proteção surgindo,
O trabalhador sentindo,
Que podia então lutar.
O Karl Marx e Engels, juntos,
Criticam o capital,
O burguês e o proletário,
Conflito essencial,
Manifesto Comunista,
Torna-se mais uma pista,
Para a luta social.
A educação se expande,
Nas escolas a instrução,
A formação então cresce,
Para a industrialização,
E as universidades,
Com muitas atividades,
Aumentando a produção.
Tecnologia avança,
O telégrafo a bipar,
Distâncias são encurtadas,
tanta coisa a circular,
O mundo se globaliza,
A indústria moderniza,
Tudo a se conectar.
E a mecanização,
Dos campos a prosperar,
A agricultura se transforma,
De uma forma exemplar,
A Comida em abundância,
Pro pobre tem relevância,
É hora de prosperar.
Cresce a bélica indústria,
Guerras a financiar,
Primeira, Segunda Guerras,
Mundo inteiro a devastar,
Tecnologia avança,
E, a indústria se lança,
Para o mundo dominar.
Aí vem reconstrução,
Se reergue a Europa então,
O Plano Marshall ajuda,
Economia em ascensão,
A indústria reestrutura,
Vida se reconfigura,
Nova determinação.
O século vinte avança,
Com seus novos paradigmas,
Com os seus computadores,
Solucionam os enigmas,
Revolução Digital,
Uma mudança radical,
Trazem indústrias mais dignas.
A China e sua ascensão,
A indústria a liderar,
Produção em grande escala,
O mundo a dominar,
Capitalismo se adapta,
E o consumo se capta,
Para sempre inovar.
Revolução Industrial,
Marcou nossa trajetória,
Foram vários desafios,
Fez parte da nossa história,
Do vapor à automação,
Foi uma grande lição,
De progresso e de glória.
Hoje olhamos pra trás,
Vendo o caminho trilhado,
Com as lições e conquistas,
De um futuro moldado,
A indústria continua,
E o progresso insinua,
Um mundo mais renovado.
Que possamos aprender,
Com os nossos erros então,
Buscando um mundo melhor,
Com justiça e união,
Revolução Industrial,
Foi um marco inicial,
De nossa transformação.
E termino esse cordel,
Da era industrial,
Com suas luzes e sombras,
Num avanço sem igual,
Que a história nos ensine,
E que o saber ilumine,
Nosso caminho atual.