O Livro de Juízes
Neste mundo tão vasto, em eras de outrora
Nos campos de Canaã, sob o sol que devora
Ergue-se um canto de fé, de coragem e glória
Das páginas dos Juízes tecendo a história
São tempos difíceis, de lutas sem fim
Israel sem um rei, mas com força e assim
Do pó surgem heróis escolhidos por Deus
Guiando seu povo, a trilha dos céus
Com Otniel, o primeiro, a história começa
Um libertador, em Deus sua promessa
E assim se sucede, em ciclos sem fim
Juízes e nações, numa dança em motim
Sansão, o gigante, de força infinda
Com a juba de leão e fúria que brinda
Derrotou mil homens com a queixada na mão
Mas foi traído por Dalila, paixão e traição
Débora, a profetisa, com sabedoria conduz
Liderando Barac, no vale de luz
Sob a sombra das palmeiras, julga com poder
E a Jael, mulher forte, com Sisera vem a resolver
Gideão, o valente, com trezentos valentes
Enfrenta Midian, com tochas ardentes
Sonhos reveladores, de cântaros em quebranto
Vence as hostes inimigas em um divino encanto
Jefté, o rejeitado, mas líder em guerra
Faz voto apressado, com dor que encerra
Em nome do Senhor batalha sem fim
Sua filha, o sacrifício, um destino ruim
Tola e Jair, juízes também
Trazem paz ao povo, um descanso do além
Com camelos e filhas espalham justiça
Governam com retidão mantendo a liça
Abimeleque, usurpador, traz trevas e dor
Sua sede de poder destruição sem amor
Mas Deus é justo, traz fim ao tirano
Uma pedra mortal, julgamento insano
Juízes, mostra líderes humanos, lamento e louvor
Tiveram, justiça, dor e amor
Finaliza, 1200 antes de Cristo, o último, Samuel
Líderes do povo, no deserto, no céu
E o povo aprendendo, entre quedas e acertos
Que a fé é caminho, e Deus é o rumo certo
Das páginas antigas a lição se extrai
O Senhor é eterno Líder, Seu amor não se vai
Decimar da Silveira Biagini