Asa Branca
No bar ele degusta carne seca e cachaça
na cintura carrega uma peixeira afiada
o som ambiente é de Luiz Gonzaga
o Elvis Presley do nosso sertão
Entra num bar um valentão
sem educação, o cabra
bate no balcão
e pedi uma pinga com mel e limão
ele exige que desligue o rádio de pilha
pois escutar Asa Branca , lhe dá agonia
O homem se interpõe nesse momento com sua voz rouca
e seca ele adverte
esse enviado do capeta
Cabra , não estudei advocacia , sou um humilde filho dessa caatinga , mas nesse momento advogarei, para o dono do estabelecimento, sem cobrar qualquer honorários, Chibungo , vá pra casa do caraio, aqui nesse chão rachado , escutar Asa Branca, do Gonzagão , o Rei do Baião
é um hino de louvor , de uma religião
Vai embora , ou não perdoarei seu insulto ou colocarei , as tripas
do seu bucho pra fora
Pelo menos dará pra suas tripas
alimentar algum carcará
Vixi nossa senhora , não sou homi de fugir de ameaças , deixa eu beber minha cachaça, não quero morrer de boca seca mas iremos arresolver essa pendenga
num duelo na faca...mas acho , que tu vai escutar Asa Branca na casa do capeta
Já que não tem chuva nesse sertão
Hoje essa terra seca e árida
com teu sangue ela vai ficar molhada
Asa Branca, me traz angústia
e , só porque eu só ecretico na música
vou entrar nessa briga
e vou te mandar pro inferno
seu filho de rapariga...