Asa Branca

No bar ele degusta carne seca e cachaça

na cintura carrega uma peixeira afiada

o som ambiente é de Luiz Gonzaga

o Elvis Presley do nosso sertão

Entra num bar um valentão

sem educação, o cabra

bate no balcão

e pedi uma pinga com mel e limão

ele exige que desligue o rádio de pilha

pois escutar Asa Branca , lhe dá agonia

O homem se interpõe nesse momento com sua voz rouca

e seca ele adverte

esse enviado do capeta

Cabra , não estudei advocacia , sou um humilde filho dessa caatinga , mas nesse momento advogarei, para o dono do estabelecimento, sem cobrar qualquer honorários, Chibungo , vá pra casa do caraio, aqui nesse chão rachado , escutar Asa Branca, do Gonzagão , o Rei do Baião

é um hino de louvor , de uma religião

Vai embora , ou não perdoarei seu insulto ou colocarei , as tripas

do seu bucho pra fora

Pelo menos dará pra suas tripas

alimentar algum carcará

Vixi nossa senhora , não sou homi de fugir de ameaças , deixa eu beber minha cachaça, não quero morrer de boca seca mas iremos arresolver essa pendenga

num duelo na faca...mas acho , que tu vai escutar Asa Branca na casa do capeta

Já que não tem chuva nesse sertão

Hoje essa terra seca e árida

com teu sangue ela vai ficar molhada

Asa Branca, me traz angústia

e , só porque eu só ecretico na música

vou entrar nessa briga

e vou te mandar pro inferno

seu filho de rapariga...

NEREU AIRTO AMANCIO FILHO
Enviado por NEREU AIRTO AMANCIO FILHO em 26/05/2024
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