fogo lazarina.
Espingarda de fogo lazarina
Gibão de couro no chão
Cavalo apeado no portão,
Punhal de prata na mão.
Saudade da rapariga
Do perfume lá de riba
Fogo do coração.
Vesti casaco de couro
No laço da algibeira
Comi farinha torrada
Carne seca água de beira
Deitado na minha rede
Vinda lá do São Francisco
Para matar minha sede
Se chorar não sai um cisco
Já gastei o que não tinha
Pra matar a minha fome
Matei cobra na espinha
Já briguei com lobisomem
Minha luz de lamparina
Das ventas empoeiradas
Fuligem preta suvela
Das calça remendada
Peregrino da terra abandonada
Não tem barco de vela
Nem praia espraiada .