VOCÊ NÃO SOUBE ME AMAR Francisco Luiz Mendes

VOCÊ NÃO SOUBE ME AMAR

Francisco Luiz Mendes

Eu, muito sofri, não nego,

Após a separação.

Como é profunda essa dor,

Que sinto no coração.

Não tenho como medir,

Tamanha minha aflição.

Eu já fiz de tudo para

Salvar nosso casamento,

Mas você dificultava

O relacionamento.

Enjoado fui ficando,

Com esse seu fingimento.

Pensei: Para mim já deu,

Foi bom enquanto durou,

Mas o pouco que aprendi

Certamente me ensinou.

Por fim, bola para frente,

Pois o que passou, passou.

Eu peço a todo momento

Para Deus lhe abençoar.

Que proteja os seus caminhos,

Por onde você passar.

Esteja onde estiver,

Saúdo seu bem-estar.

Você segue o seu caminho,

E no meu também eu vou.

A partir deste momento,

Um desconhecido sou.

Pra você naturalmente,

Nada se modificou.

Foi você quem provocou

A nossa separação,

Pois a culpa não é minha,

Diante da decisão.

Eu tentei articular

Porém, você disse não!

__ E ninguém é de ninguém!

Você me responde assim,

E sisudo, pois, fiquei,

Para não criar motim.

Com essa resposta sua,

Senti-me muito ruim.

Mas nada pude fazer

E dali me retirei.

Co’o coração apertado,

Meus pertences arrumei.

De você, somente um tchau,

E nada mais escutei.

E, por fim, eu fui em frente.

Como na vida se diz:

Eu, pus os pés na vereda,

Aliás, foi o que fiz.

Saí pelo mundo afora,

Sem medo de ser feliz.

Enfim, onde eu estava

Em você sempre pensei,

Mas apesar dos pesares,

Contigo me preocupei.

Diante do acontecido,

Eu muito me lastimei.

Ao mesmo tempo, porém,

Para mim eu confessei:

Ah, tudo isso vai passar,

Bem assim, imaginei.

Todavia, engano meu,

Pois não foi como pensei.

O porquê dessa atitude

Eu, nunca vou entender.

De uma hora para outra,

De mim não quis mais saber.

Tu foste dura demais,

Com quem lhe ama para valer!

Anteriormente você

Dizia gostar de mim.

Eu, ficava estremecido

Diante desse seu sim,

Mas agora o que fazer

Se não está mais a fim?

Gostaria de saber,

Qual o motivo e razão.

Pois, assim, tão de repente,

A nossa separação.

Até o presente momento,

Não entendi nada, não!

Enfim, diga, por favor,

Onde foi mesmo que errei?

Eu não lembro coisa alguma,

Daquilo que pratiquei.

Busquei na minha memória,

Mas de nada me lembrei.

Você sabe muito bem,

Pois está se machucando.

O seu gesto não entendo,

Mas continua teimando.

Eu sinto que está sofrendo,

A cada dia passando.

Porém, agora confesso

Que muito, sofrendo estou,

Mas é por você também

Importa se me magoou.

Mesmo, pois, sabendo que

Você nunca me gostou.

Por fim, quem sabe tal dia,

Escute seu coração.

Repense no que falou,

Pois não tenha pressa, não!

E faça sua análise,

Talvez eu tenha razão.

Muito eu, queria entender

Essa sua decisão,

Mas tão repentinamente,

Para mim já disse: Não!

Eu fiquei sem rumo, pois,

Até sem os pés no chão.

A bem da verdade digo:

__ Foi surpresa para mim,

Eu jamais imaginei

Ouvi-la, pois, bem assim.

E ninguém é de ninguém,

Tudo é fantasia, enfim.

Você me fez muito crer,

De mim pareceu gostar.

Eu, apaixonadamente,

Não tive o que duvidar.

Cada dia que passava

Mais aprendi lhe amar.

Você me usou de má-fé

Dia a dia me enganava.

Eu, praticamente, então,

Nos seus braços me jogava,

Mas tão inocentemente,

Todo meu amor lhe dava.

Ao seu lado todo tempo

Vivi hipnotizado.

Pois eu cegamente estava

Muito mais apaixonado.

Eu, não via mais ninguém,

Mas você do meu lado.

Se você estava blefando

Eu, jamais imaginava.

E mesmo se me falassem,

Ainda, não acreditava,

Minha paixão era forte,

Fuxico não me abalava.

Mas até que certo dia

Do meu sonho despertei.

Eu, que não queria crer,

No pior, acreditei.

E ainda, atordoado,

Para mim, assim falei:

Será que eu fui um bobo

Ou um joão-ninguém, enfim?

Porém enquanto lhe amava,

Você zombava de mim.

Que deboche, aliás,

Tratar quem lhe ama assim.

Meu caminho seguirei,

Importa para onde vou,

Pois não pretendo ficar.

Questionando o que passou,

Quem pensou em me enganar,

Mais enganado ficou.

Se assim sobrevivi

Essa tal situação.

Medo do amanhã jamais,

E que venha assombração.

Eu, tenho certeza e digo:

Enfrento qualquer questão!

Eu, quero mais é viver

A vida que eu não tive.

Esquecer o que vivi,

Aliás, com quem estive.

Sobre aquele dito, não.

Já deslembrei inclusive!

Eu, jurava que era amado

Porém, foi engano meu.

Um, não já foi o bastante,

Comigo muito mexeu.

A dor que senti em mim,

Doeu, sim, como doeu!

Eu, me mantive sereno

Sustentei minha emoção,

Pois respeitei com carinho

Ante sua decisão.

Também não questionei,

Qual o motivo e razão.

Eu, não quero inimizade,

Pois não combina comigo

Se não deu certo nós dois,

Quem sabe um, outro, contigo,

Mas, por favor, eu lhe peço

Aceite-me como amigo!

Fim.

Francisco Luiz Mendes
Enviado por Francisco Luiz Mendes em 11/05/2024
Código do texto: T8060788
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