NINGUÉM PRECISA ACEITAR, MAS NECESSITO DIZER
Eu sou um negro retinto
Que Deus deu dom de cantor
A minha pele não pinto
Porque sei bem do valor,
Valho mais pelo que sinto,
Amo o tom da minha cor.
Tenho pouca melanina,
Minha pele é muito clara,
Não fujo da minha sina,
Sei que sombra bem me ampara,
A falta em mim muito ensina,
Minha auto-estima não para.
Eu apresento nanismo,
Que me condiciona anão,
Não quero isolasionismo,
Nem ter discriminação,
Sou bom de companheirismo,
Além de ser cidadão.
Do espectro autista sou parte.
Meu jeito é bem diferente.
Com inclusão posso ter arte
Porque sou inteligente.
Mostro que sem ter descarte
Meu sucesso é consequente.
Sendo gênero em questão,
Escolho por excelência.
Sofro discriminação
De quem não tem consciência,
Por falta de informação
Ou carência de ciência.
Muito temos que falar
Sobre o que podemos ver,
Há chance até de mudar
Nossa forma de fazer,
NINGUÉM PRECISA ACEITAR,
MAS NECESSITO DIZER.