Fila da morte

Caronte vai esperar

Porque nem moeda tenho

Pra morte não faço empenho

Quero mais é festejar

Minha vida aproveitar

Como hedonista com sorte

Que tem no prazer seu norte

Caixão me deixa cabreiro

Ninguém quer ser o primeiro

Na velha fila da morte

 

Gonzaguinha proclamou:

"Seja um eterno aprendiz"

"Desenhe num chão com giz"

Isso foi Zé quem falou

É isso que faço e vou

Sem lenço e sem passaporte

Conhecer o sul e o norte

De canoa ou num cruzeiro

Ninguém quer ser o primeiro

Na velha fila da morte.

Jessé Ojuara e Araquém Vasconcelos (Mote)
Enviado por Jessé Ojuara em 20/03/2024
Reeditado em 20/03/2024
Código do texto: T8023951
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.